- Esperava-se que Cavaco aprovasse a «solução» que lhe apresentaram, porque a alternativa seria convocar eleições antecipadas (imediatas). Não fez nenhuma das duas: no seu discurso não diz que aceita a remodelação governamental, o que significa que a vetou (por enquanto?).
- Propõe que um senhor vá falar com os «três partidos», com o objectivo de gizar um «compromisso de salvação nacional» que inclui eleições daqui a um ano e um vago «acordo de médio prazo» económico-financeiro.
- Tenta entalar principalmente o PS, que ficaria amarrado ao rascunho do segundo resgate; secundariamente, Paulo Portas, que ficaria sem o alargamento do seu poder; e finalmente Passos Coelho, que no meio de tudo isto é irrelevante.
- Ninguém acredita que as reuniões dêem mais do que tempo perdido. Logo, haverá «outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional». Porque a culpa será, ainda mais do que até ontem, «dos partidos». O Presidente até tentou «que se entendessem» para um «compromisso patriótico».
- A outra solução é um governo «de iniciativa presidencial» por um ano, o que só pode acontecer com o apoio do PSD e do CDS. Passos Coelho parece-me suficientemente fraco e agarrado ao poder para aceitar. Paulo Portas, não acredito que o fizesse (a menos que tivesse, vá lá, metade dos ministros menos um).
- Portanto, a agonia vai prolongar-se (e agravada). O mesmo presidente, o mesmo governo, a mesma maioria, no mesmo manicómio.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Deixem-me ver se eu entendi
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