sábado, 26 de setembro de 2009

Islão

Recebi por email um texto sobre as burcas em França que defende a ilegalização das burcas em espaços públicos pelas razões do costume: porque representa a opressão das mulheres, porque representa um projecto político separatista e porque representa um perigo óbvio para a sociedade civil. Eu concordo com estes argumentos, mas começo a achar que ninguém deveria legislar contra a maneira das pessoas se vestirem. Acho, cada vez mais, que esta moda é uma reacção à estupidez criminosa do Ocidente, sob Bush, Blair e Sharon, e acredito que isto pode passar em poucos anos, se nós nos descontrairmos um bocado. Acho que era importante prender os selvagens (muçulmanos ou não) que batem na mulher e arrancam o clitoris às filhas, mas deixar os outros em paz.

Aqui nos EUA já se sente alguma acalmia. As declarações do Al-qeida contra o Obama são cada vez mais desesperadas. Parece-lhes evidente que não vai ser possível incitar todos os muçulmanos contra Obama. Sobretudo a seguir ao cinismo assassino dos criminosos da administração Bush. Se os Berlusconis e os Sarkozis se calarem, esta animosidade entre religiões pode desaparecer em poucos anos.

Acho cada vez mais que a solução não é a proibição. Se calhar, se os europeus se descontraíssem um bocado, esta moda passava em cinco ou dez anos.

Vestirem as mulheres de sacos do lixo é a única coisa que os muçulmanos podem fazer para se vingarem de um milhão de mortos no Iraque, entre outras afrontas. Estas atitudes irracionais são características da situação de humilhação e impotência que eles viveram nos últimos 10 anos. A imprensa Ocidental chamou "danos colaterais" aos inocentes de morreram durante o assalto dos EUA e da Inglaterra aos recursos naturais do Iraque.

11 comentários :

P Amorim disse...

Os ditos sacos existem há muitos anos, as guerras recentes não têm a ver com a questão.
Para mim o problema reside na ocultação de identidade.

Ricardo Alves disse...

Filipe,
o P Amorim tem razão: os véus e restantes uniformes começaram já há muitos anos. Os primeiros problemas em escolas (na Bélgica e na França) começaram lá por 1989.

Anónimo disse...

Que ligeireza de análise... voa, luminária.

Ricardo Alves disse...

Mas sim, as pessoas devem poder vestir-se como quiser. Simplesmente, não sejamos ingénuos: os véus em geral, e os «véus integrais» em particular, são provocações calculadas. E têm muito mais a ver com o ambiente que se vive em metrópoles europeias onde o islão é significativo, do que com as guerras na Ásia.

rui disse...

Custa-me a crer que pessoas de esquerda atentas à realidade e inteligentes, consigam avaliar o problema das burkhas e dos tchadores como uma história de "cada um tem o direito de se vestir como quiser. A burkha e o Tchador, não são afirmações liberais e "fashion", são tomadas de posição política. e a mim parece-me que não pode haver ingenuidade relativamente a afirmações políticas de fundamentalistas islâmicos. Concordo com os franceses.

Ricardo Alves disse...

«A burkha e o Tchador, não são afirmações liberais e "fashion", são tomadas de posição política»

Exacto. São provocações. Destinadas a fazer com que nos tornemos intolerantes. Quando foi da discussão em França sobre a proibição dos véus (de cabelo) nas escolas e serviços públicos, num momento em que ninguém, em Portugal, era capaz de dizer em voz alta que defendia a proibição, eu era a favor da lei que acabou por passar em França. No momento actual, em que se discute a proibição das burcas, eu também tendo a ser a favor da proibição. Porque há limites para a liberdade. Há pessoas que só querem usar a liberdade para oprimir. As mulheres que usam a burca são «emburcadas» pelos maridos. Provavelmente apanham porrada em casa, são oprimidas pelos maridos e se saem à rua sem véu são insultadas de «prostituta» para baixo pelos homens da comunidade étnico-religiosa a que pertencem. Mas, na realidade, a maior vitória do Bin Laden depois dos atentados de 11 de Setembro foi conseguir que os Estados «ocidentais» voltassem a torturar. Porque o objectivo final de burcas e atentados é polarizar. E, embora encontre óptimas razões para proibir as burcas, por vezes penso se o objectivo das burcas não é mesmo tentarem que eu as proíba.

Anónimo disse...

Na pratica a última coisa que maomé fez foi assassinar o seu próprio allah.
o allah maometano nunca mais falaria e ficava sem espírito, foi o que maomé disse.
Mas a coisa ainda foi pior.
No maometismo, maomé só deixou o diabo à solta.
O diabo é a única entidade espiritual activa no islão.
Não há as entidades boas no activo, tipo anjos, santos, arcanjos, e só há o mau.
Mas ainda pior.
Os maometanos durante todos estes 1400 anos quando adoraram o diabo sem o saberem.
Quando vão a meca, atiram pedras a algo que representa o diabo.
Só que para o diabo, atirarem-lhe pedras é fazerem-lhe caricias, é adorarem-no.
maomé estupidificou de tal modo os maometanos que estes nem reparam no que dizem e fazem.
Uma das provas é que o símbolo do islão é nada mais nada menos que o símbolo que mais insulta o islão.
Também ele foi roubado.
Quem usa em público aquilo que rouba insulta-se a si próprio.
Na verdade, tudo no islão são insultos ao islão.
Nem o próprio allah escapou.
Um Deus vivo, para maomé seria o maior perigo.

dorean paxorales disse...

"Se calhar, se os europeus se descontraíssem um bocado, esta moda passava em cinco ou dez anos."

sim, uma europeia pode concerteza esperar descontraída cinco, dez, vinte, ...

rui disse...

Anónimo, esse debate religioso escapa-me. A mim pouco se me dá como se me deu se os fundamentalistas islâmicos vivem o islão assim ou assado, se é o verdadeiro islão ou o islão tresmalhado. Sucede o mesmo com os católicos integristas, se as pessoas quiserem rezar a missa em latim ou em português, usarem véus nas igrejas e tal, encafuar-se num convento, não percebo pescoço. A única coisa que me preocupa são as consequências políticas da actuação política dos fundamentalismos, o islâmico no caso vertente.
Compreendo as dúvidas do Ricardo. Na altura da questão dos véus em França, também mantive a opinião minoritária entre a esquerda de que os franceses tinham razão.
Penso que as dúvidas que colocas fazem sentido. Mas, se mais razões não houvessem, a quem devemos uma atitude de firmeza é aos milhares ou milhões de mulheres que vivem no mundo islâmico e para quem não existe opção, são obrigadas, contra vontade, a usar véus e burkhas e tchadores sob pena de sanções bárbaras e arbitrárias por parte das várias polícias de defesa da "moral". A proibição da burkha, não vai revelar intolerãncia, quanto muito revelará a hipocrisia dos defensores da burkha.

Filipe Castro disse...

Eu sempre fui a favor da proibição de símbolos religiosos nas escolas e em espaços públicos, e acho que toda a Europa devia seguir o exemplo dos franceses. Mas as burcas na rua não sei.

Baruq disse...

... e a Alice casa-se ecom o coelho e põ-le os cornos com o 10 de copas...