domingo, 31 de maio de 2009
Pela igualdade no casamento civil
Medb Ruane: «Church power is incompatible with our modern democracy»
- «A generation became 'abused out' while the commission sat. The stories were so harrowing and dark that some started speaking of "abuse fatigue", which was code for saying "don't tell us any more" or "let's keep foolin' ourselves" -- or even "tell them they don't want to hear and we might get away with it". (...)
The heart of the story is the immense suffering of children in residential care managed by Catholic orders -- how they were treated as objects by sadists, and how those sadists were effectively protected by the religious orders and by the State's gross failure to challenge them.
The abuse was possible because the orders and the residential homes were run like totalitarian states -- in a State which kept out because of respect for Catholicism and an absence of children's rights. Meanwhile, the orders were answerable only to the Vatican State, where democracy and accountability still don't feature. (...)» (Ler na íntegra.)
Pois, pois, com a Bíblia a discussão melhora de nível
E ninguém diz nada: Israel é um país de um conto de fadas (mau), governado por uma ideologia absolutamente lunática (e racista).
Mau gosto
Sobre a classe média, hoje, no El Pais: "El declive de la clase media se extiende por todo el mundo desarrollado. En Alemania, por ejemplo, un informe de McKinsey publicado en mayo del año pasado, cuando lo peor de la crisis estaba aún por llegar, revelaba que la clase media -definida por todos aquellos que ganan entre el 70% y el 150% de la media de ingresos del país- había pasado de representar el 62% de la población en 2000 al 54%, y estimaba que para 2020 estaría muy por debajo del 50%."
Só me faz confusão o mau gosto Durão Barroso (e dos patrões dele). No México e no Brasil (os modelos económicos deles), a vida dos multimilionários é miserável: raptos, crimes, poluição, lixo, máfias, violência, bairros de lata ao lado de condomínios com paredes de 6 m de altura, guardas com metralhadoras. E isto é o mundo com que eles sonham?
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Uma campanha triste
Para o futuro da União Europeia, o mais importante são portanto as eleições nacionais na Alemanha, na França, na Itália e no Reino Unido.
No pequeno Portugal, os candidatos ao Parlamento Europeu nunca assumem nada disto, embora o saibam. E portanto não podem prometer mudanças nas políticas da UE, porque sabem que elas dificilmente virão do Parlamento Europeu; e não podem prometer mudanças na mecânica política da UE, porque essas só poderão resultar de eleições de âmbito nacional, com os grandes Estados a liderar o processo.
As eleições nacionais para o Parlamento Europeu são o melhor exemplo da democracia enquanto Catch 22: nada de substancial será mudado pelo voto, porque o próprio sistema (União Europeia) está construído para evitar que isso aconteça. O que torna a campanha triste e apagada.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Exactamente o que eu disse
Pergunta
domingo, 24 de maio de 2009
Mascote «Liberdade» morre no Iraque
É mais uma interessante sátira do The Onion:
quarta-feira, 20 de maio de 2009
A verdade sobre a «caridade» católica
Revista de blogues (20/5/2009)
- Há realmente confissões religiosas menos clericais do que outras: «até fiquei surpreendido com as Testemunhas de Jeová, que responderam à possibilidade de distribuição de preservativos nas escolas com indiferença, já que, dizem eles, os seus jovens são educados para a castidade independentemente da conduta alheia. Ou seja, vivem os seus preceitos religiosos sem necessidade de os imporem pela lei civil. E já era tempo de a comunidade muçulmana - tal como a católica - aprenderem a fazer o mesmo.» (Penates Publici).
- Mas engraçado mesmo seria uma educação sexual baseada nestes princípios: «“se o teu marido sugere terem relações sexuais, acede humildemente, mas tem sempre em conta que a satisfação dele é mais importante que a tua”; “se o teu marido te pede práticas sexuais que não são comuns, obedece e não te queixes”» (Água Lisa).
A cenoura e o chicote
A guerra civil no Paquistão não tem protagonistas simpáticos. Entre os integristas talibã e os autocratas corruptos de Islamabade e Carachi, é difícil ter simpatias. E os talibã foram, em boa medida, uma criação dos serviços de informações paquistaneses com objectivos de poder regional. Mas do que acontecer no Paquistão depende boa parte do futuro do islamismo internacional.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Europa e paz
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Europa em paz? (2)
Anti-EUA...
Os EUA são de facto enormes, riquíssimos, fortíssimos e populados por campónios que adoram o dinheiro como um fim, como a única medida de felicidade e respeitabilidade, como a única prova do amor do deus deles. Por isso, os americanos fazem coisas horríveis uns aos outros, por dinheiro. E aos vizinhos e países que têm recursos que eles precisam, nem é bom falar.
Mas os portugueses fazem coisas horríveis uns aos outros sem razão nenhuma. Para não falar da forma como tratamos os imigrantes, ou das ex-colónias, onde os políticos portugueses pactuam com e encobrem os crimes mais hediondos e as injustiças mais repugnantes, todos os dias.
E os espanhóis? E os franceses? E os ingleses? E os holandeses? E os sauditas? e os Líbios? E os russos? E os chineses? E os ucranianos? E os brasileiros?... serão melhores?
Torna-se um bocado irritante ouvir este tom das críticas quotidianas aos EUA, que parece que sugerem implicitamente que o resto do mundo é todo honesto e generoso. Os americanos não têm, infelizmente, o monopólio da ganância. Nem o da violência.
79 Bispos
Bishop Joseph V. Adamec - Altoona-Johnstown, PA
Bishop John D'Arcy - Fort Wayne-South Bend, IN
Bishop Samuel Aquila - Fargo, ND
Bishop Gregory Aymond - Austin, TX
Bishop Robert Baker - Birmingham, AL
Bishop Gerald Barbarito - Palm Beach, FL
Bishop Leonard Blair - Toledo, OH
Cardinal Anthony Bevilacqua (Archbishop Emeritus) - Philadelphia, PA
Bishop Lawrence Brandt - Greensburg, PA
Archbishop Daniel Buechlein - Indianapolis, IN
Bishop Fabian Bruskewitz - Lincoln, NE
Archbishop Eusebius Beltran - Oklahoma City, OK
Auxiliary Bishop Oscar Cantú - San Antonio, TX
Archbishop-Elect Robert Carlson - St. Louis
Archbishop Charles Chaput - Denver, CO
Bishop Paul Coakley - Salina, KS
Auxiliary Bishop James Conley - Denver
Bishop Edward Cullen - Allentown, PA
Bishop Frank J. Dewane - Venice
Bishop Nicholas Di Marzio - Brooklyn, NY
Cardinal Daniel DiNardo - Houston, TX
Archbishop Timothy Dolan - New York, NY
Bishop Thomas Doran - Rockford, IL
Auxiliary Bishop John Dougherty - Scranton, PA
Bishop Robert Finn - Kansas City-St. Joseph, MO
Bishop Joseph Galante - Camden, NJ
Bishop Victor Galeone - St. Augustine, FL
Bishop John Gaydos - Jefferson City
Cardinal Francis George - Chicago, IL; President, USCCB
Bishop Gerald Gettelfinger - Evansville, IN
Archbishop José Gomez - San Antonio, TX
Auxiliary Bishop Roger Gries - Cleveland, Ohio
Bishop Bernard Harrington - Winona, MN
Bishop Robert Hermann - St. Louis, MO
Bishop William Higi - Lafayette, IN
Archbishop Alfred Hughes - New Orleans, LA
Bishop Michael O. Jackels - Wichita, KS
Bishop Sam Jacobs - Houma-Thibodaux, LA
Bishop James V. Johnston - Springfield-Cape Girardeau, MO
Bishop Peter Jugis - Charlotte, NC
Bishop Joseph Latino - Jackson, MS
Bishop John LeVoir - New Ulm, MN
Bishop Jerome Listecki - La Crosse, WI
Bishop William E. Lori - Bridgeport, CT
Bishop Paul Loverde - Arlington, VA
Bishop George Lucas - Springfield, IL
Bishop Robert Lynch - St. Petersburg, FL
Bishop Joseph Martino - Scranton, PA
Bishop John McCormack - Manchester, NH
Bishop Robert Morlino - Madison, WI
Bishop William Murphy - Rockville Centre, NY
Bishop George Murry - Youngstown, OH
Archbishop John J. Myers - Newark, NJ
Archbishop Joseph Naumann - Kansas City, KS
Bishop R. Walker Nickless - Sioux City, IA
Archbishop John C. Nienstedt - St. Paul-Minneapolis, MN
Archbishop Edwin O'Brien - Baltimore, MD
Bishop Thomas Olmsted - Phoenix, AZ
Archbishop Daniel E. Pilarczyk - Cincinnati, OH
Bishop Reymundo Pena - Brownsville, TX
Bishop Glen Provost - Lake Charles, LA
Bishop David Ricken - Green Bay, WI
Cardinal Justin Rigali - Philadelphia, PA; Chairman, USCCB Pro-Life Committee
Bishop Kevin Rhoades - Harrisburg, PA
Bishop Alexander Sample - Marquette, MI
Bishop Michael Sheridan - Colorado Springs, CO
Bishop Edward J. Slattery - Tulsa, OK
Bishop John Smith - Trenton, NJ
Bishop Richard Stika - Knoxville, TN
Bishop Anthony Taylor - Little Rock, AR
Bishop George Thomas - Helena, MT
Bishop Donald Trautman - Erie, PA
Bishop Robert Vasa - Baker, OR
Bishop Michael Warfel - Great Falls-Billings, MT
Bishop Thomas Wenski - Orlando, FL
Archbishop Donald Wuerl - Washington, D.C.
Bishop Emeritus John Yanta - Amarillo, TX
Bishop David Zubick - Pittsburgh, PA
Adorava saber quantos entre estes se manisfestaram publicamente contra a violação de crianças - confirmadas 11 mil, por 5 mil padres católicos, ao longo de 25 anos - e o encobrimento destes crimes pela hierarquia da ICAR, durante 25 anos.
domingo, 17 de maio de 2009
Milhares de pro-vidas?
No fim, duas escassas dúzias de manifestantesinvadiram a universidade e a polícia teve de prender 19 pessoas, de ambos os sexos, que se manifestavam contra os direitos das mulheres.
Por muito que a banca, os seguros, a indústria de saúde, a indústria militar, a imprensa e a televisão não queiram, a América adora ter um presidente adulto, articulado e viajado.
O presidente eloquente
"But remember too that the ultimate irony of faith is that it necessarily admits doubt. It is the belief in things not seen. It is beyond our capacity as human beings to know with certainty what God has planned for us or what He asks of us, and those of us who believe must trust that His wisdom is greater than our own.
This doubt should not push us away from our faith. But it should humble us. It should temper our passions, and cause us to be wary of self-righteousness. It should compel us to remain open, and curious, and eager to continue the moral and spiritual debate that began for so many of you within the walls of Notre Dame."
Guerra ao Islão!
As capas, com citações da Bíblia (da autoria de um general), são tristemente infantis e deixam perceber bem porque é que a invasão foi um fracasso tão grande.
sábado, 16 de maio de 2009
Palhaçadas que nos envergonham a todos
Faz-me imensa pena ver este povo supersticioso, resignado, desmoralizadao, incapaz de perceber quem lhe mente, quem o rouba e quem o engana, incapaz de se organizar e melhorar a vida colectiva do país.
Bem sei que aqui nos EUA as coisas deixam imenso espaço para melhorias, mas visto daqui Portugal é o mesmo sítio onde se passou a acção do romance "O Crime do padre Amaro". Não mudou NADA: o clero, a nobreza e o povo, todos igualmente ignorantes e vítimas das mesmas convicções medievais e supersticiosas, a perpetuarem um sistema em que não há espaço para o mérito e o conhecimento não é um valor.
(a nobreza e o clero, em todo caso, em melhores lençóis que o povo).
Imigração, PS, forma e conteúdo
Pois é, malta civilizada não tem este medo da imigração. Malta civilizada não faz declarações deste teor. Só é pena é que, na altura da verdade, e naquilo que conta que são as acções e não as palavras, cortem mais de 50% dos vistos de trabalho para imigrantes, esquecendo inclusivamente os problemas relativos à sustentabilidade da segurança social.
Eu não percebo como é que este assunto não é mais debatido. Assim como quem não quer a coisa cortam-se 50% dos vistos de trabalho, e parece que todos acham normal.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Dia da Virgem
Herói
Nos EUA puritanos há dois tipos de políticos: os que já foram apanhados com prostitutas (ou prostitutos, no caso dos pastores evangélicos) e os que ainda não foram.
Mas Spitzer deu uma entrevista que eu vou ouvir logo que possa e que explica a crise económica com muita simplicidade (pelos comentários que li).
terça-feira, 12 de maio de 2009
Quando o real é surreal
segunda-feira, 11 de maio de 2009
«Carta Aberta sobre políticas de imigração»
- «O ano de 2009, ano para o qual está prevista a realização três actos eleitorais, é um momento decisivo para o debate sobre as opções a tomar em temas cruciais como é o caso das políticas de imigração. Mais de um ano após a entrada em vigor da nova Lei de Imigração, as expectativas criadas aquando da sua aprovação não foram cumpridas e, embora a nova lei visasse tentar minorar alguns dos aspectos mais gravosos verificados na anterior, são inúmeras as situações de injustiça com as quais os/as imigrantes se deparam no seu dia-a-dia, das quais destacamos:
O carácter excepcional e oficioso dos mecanismos de regularização, a exigência de visto de entrada e o rotundo fracasso da política de quotas têm alimentado uma bolsa de indocumentados/as, que neste momento serão de mais de meia centena de milhar;
Os crescentes entraves colocados ao reagrupamento familiar, à renovação de documentos e os exorbitantes valores das taxas pagas pelos/as imigrantes são outros dos problemas enfrentados.
###Estas práticas e políticas em nada favorecem a inclusão dos/as imigrantes na sociedade portuguesa, contribuindo, pelo contrário, para o crescimento trabalho ilegal, para a desumanização das relações de trabalho e para acentuar as desigualdades sociais.
É também com uma enorme preocupação que temos acompanhado as últimas evoluções a nível Europeu. A Directiva de Retorno representa um enorme retrocesso civilizacional que envergonha a Europa. Permitir que uma pessoa (incluindo crianças) possa ficar detida, até 18 meses pelo único “delito” de ter migrado, promover as expulsões, perseguir migrantes, generalizar os centros de detenção, não são passos a seguir se queremos construir uma sociedade mais justa e inclusiva. (...) Por outro lado, o Pacto Europeu sobre Imigração e Asilo é o programa político que visa consolidar medidas de criminalização e de desrespeito dos direitos dos/as migrantes, com o reforço e subcontratação do controle das fronteiras, o condicionamento do acesso ao reagrupamento familiar, a dificultação do acesso a vistos e a adopção do “Cartão Azul” (um esquema de recrutamento hiper-selectivo, em função das qualificações). Por fim, o pacto proíbe a realização de processos regularização de carácter generalizado, condenando à clandestinidade os cerca de 8 milhões de indocumentados/as que vivem na Europa e resumindo as suas possibilidades a uma análise “caso a caso”. O documento, instrumento de carácter programático que visa definir as linhas de acção para o próximo ciclo político – 2010 a 2015 -, contribui para consolidar o carácter repressivo na aplicação das políticas desenvolvidas pelos estados membros e condiciona o próximo “Governo” da UE, ainda antes da realização, em Junho, das próximas eleições para o Parlamento Europeu. (...) O direito à residência - sem a qual a existência dos/as imigrantes é relegada a um limbo jurídico que só alimenta a exploração laboral e a exclusão social - é condição sine qua non para uma real inclusão dos/as imigrantes e para a coesão de toda a sociedade. Mas, no caminho rumo a uma cidadania plena, há ainda muito a percorrer. O direito de voto dos/as estrangeiros/as residentes já existe nas eleições autárquicas para os comunitários e os abrangidos pelos acordos de reciprocidade. Esta situação é manifestamente discriminatória, sendo urgente o acesso ao direito de voto pelos imigrantes residentes, em todas as eleições. Deve-se ainda prestar especial atenção à vulnerabilidade acrescida que enfrentam as mulheres migrantes, assim como à realidade de muitos jovens descendentes, os quais, continuam a sofrer os efeitos da guetização e exclusão. (...)» (Via Arrastão.)
«As crianças são propriedade dos pais»?
Evidentemente, os responsáveis primeiros pela educação dos miúdos são os graúdos respectivos. Mas não vem mal ao mundo, antes pelo contrário, se a escola ensinar regras de higiene, difundir informação sobre saúde e sexualidade, ou tentar transmitir um pouco de civismo. A família pode não ser suficiente, e em muitos casos não é.
Afirmar que «as crianças» são propriedade dos pais pode servir, no limite, para justificar os casamentos arranjados e as mutilações sexuais de menores, práticas infelizmente ainda correntes, inclusivamente em Portugal.
domingo, 10 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Revista de blogues (9/5/2009)
- «Primeiramente, não compreendo em que é que a formação religiosa pode contribuir para uma aprendizagem do multiculturalismo, a não ser o conhecimento de usos e costumes. Para tal, disciplinas como História, Filosofia, Geografia, entre outras, podem dar ao jovem aluno a formação essencial (...) Estas propostas revelam-se as falácias do costume. O que se pretende é dar formação católica disfarçada de teologia comparada, antropologia e ética. O que se pretende é dar a entender que existe uma abertura ao ensino da compreensão do sagrado enquanto fenómeno social, enquanto se evangeliza e converte.» (Fractura.net)
- «É com alguma tristeza que vejo, cada vez mais, a grande confusão que assola os ateus pela sua dificuldade em compreender alguns conceitos. O materialismo leva-os a encarar os Mistérios da Existência como puzzles ou palavras cruzadas. Pequenos enigmas para resolvermos. Mas não são. A nossa espiritualidade, a nossa relação com o Divino e todo o propósito da existência são Mistérios que nos transcendem e nunca estarão ao alcance da nossa compreensão. É por isso que podemos dizer, com toda a certeza, que a resposta a estes Mistérios é a fé nos Blin. (...) Os Blin em que creio, os verdadeiros, são a Liberdade de Viver o Amor. Ou o Amor pela Liberdade da Vida ou, ainda, a Vida de Amor Livre. É este conceito, claro e simples, que deve ser entendido e separado dessas superstições em que caem certas pessoas bem intencionadas mas blinologicamente ingénuas. Porque só a fé nos verdadeiros Blin dá resposta aos Mistérios da existência, e isto é inegável para quem compreende o conceito.» (Que Treta!)
Onde está a República na Praça?
Mas, já agora, não entendo qual a relação entre a remodelação apresentada da Praça e a celebração do centenário da implantação da República. Insiste-se na temática dos «descobrimentos», com rotas de navegação do século 16 desenhadas no chão. Onde é invocada a República na Praça renovada?
Os «descobrimentos», recorde-se, já eram história antiga quando o «Terreiro do Paço» passou a Praça do Comércio. O centro de Lisboa é geométrico, pombalino, moderno. Para quê ir lá meter os «descobrimentos»? Para quando a ruptura com a cultura política que insiste no Afonso Henriques, no Vasco da Gama e no Nun´Álvares?
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Misogenia
A verdade é que os padres católicos odeiam as mulheres com a mesma paixão com que adoram os meninos de coro.
Primeiro era o divórcio, depois era a pílula, depois os preservativos e agora é o aborto e a pílula do dia seguinte. Não lhes é possível imaginar um mundo em que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens e possam escolher uma vida sexual abundante e diversificada.
No fim do dia não se sabe se o mais indignante é o marialvismo troglodita ou a hipocrisia escandalosa da ICAR.
Odiar as mulheres é, infelizmente, comum entre os humanos. Há muçulmanos que arrancam o clitoris às filhas, judeus que rapam o cabelo às mulheres, indus que matam as viúvas, ateus que matam as filhas... e os católicos não reconhecem às mulheres o direito de dizer missa, mas dizem-nos que isto é porque são a favor 'da vida' e querem uma 'cultura de vida' e choram os espermatozóides que morrem nos preservativos. Mas nós sabemos o que realmente os move.
Se 'a vida' os interessasse minimamente manifestavam-se contra o que o capitalismo selvagem faz às crianças africanas e da América Latina todos os dias.
A polícia enquanto causa de insegurança
«Obrigatória», dizem eles
Eu sei que o número de interessados na «Religião e Moral Católica» continua a descer. Mas não peçam ao Ministério da Educação para resolver esse vosso «problema». É mais importante aumentar o número de horas de ensino das ciências (matemática, física e biologia), melhorar os laboratórios escolares e incrementar o número de computadores. São esses os conhecimentos que fazem falta aos jovens portugueses (conjuntamente com a língua materna e o inglês). O resto são escolhas e civismo.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
A ICAR conspira contra Ortega...
Portanto, a Oeste nada de novo.
O crime do padre Alberto
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Henri Peña-Ruiz: «La Laïcité, un idéal d´émancipation universel»
- «Faite pour tout le peuple, la république laïque libère le droit de ce qui divise les hommes. Ni religions reconnues, ni athéisme consacré. Ni credo imposé, ni credo interdit non plus. Une même loi vaut pour tous. À la liberté de conscience se conjugue la pleine égalité de celui qui croit au ciel et de celui qui n’y croit pas, comme des divers croyants. La complicité tendue de Dieu et de César laisse la place à l’affranchissement réciproque de Dieu et de Marianne.
Les choix qui règlent la vie personnelle sont d’autant plus libres que la laïcité radicalise le respect de la sphère privée en émancipant le droit de tout privilège accordé à un modèle d’accomplissement. Le droit ainsi promu pose comme règles communes des principes d’émancipation : liberté de conviction et d’éthique de vie, égalité de principe de tous les êtres humains, égalité des sexes, égalité de droits sans distinction d’origine ou de conviction. Quant aux conditions positives d’une telle liberté, l’Etat laïque les assure pour tous s’il joue pleinement son rôle par la promotion de l’instruction publique et de la justice sociale. Contrairement aux particularismes exclusifs, la laïcité permet de concilier la diversité des croyances et des patrimoines culturels avec l’égalité des droits. Ainsi, le bien commun échappe à la guerre des dieux. Et l’ouverture à l’universel est préservée par l’espace civique, pour le plus grand bien de la richesse culturelle des peuples, appelée à se manifester dans la liberté et non enrôlée dans des volontés très politiques de mise en tutelle. (...)» (UFAL)
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Os terroristas confessam-se
domingo, 3 de maio de 2009
Este blogue é desalinhado
- «(...) esta concepção de republicanismo que suporta sistematicamente o bloco de esquerda» (ver aqui);
- «(...) o melhor é dizerem que isto é um blog pró PS» (ver aqui).
Os republicanos e as crianças
Mas há uma faceta no partido republicano poucas vezes comentada, que é a sequência infindável de escândalos relacionados com pedofilia entre membros do partido, geralmente os mais conservadores. Hoje encontrei um website inacreditável sobre este assunto.
100 dias sem Bush
Já quase ninguém se lembra, mas em 2003 um orgão qualquer do governo encomendou um estudo sobre o conservadorismo... e as conclusões foram deliciosas. O Guardian, em Agosto de 2003: "A study funded by the US government has concluded that conservatism can be explained psychologically as a set of neuroses rooted in "fear and aggression, dogmatism and the intolerance of ambiguity."