segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

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  • «O mundo acaba de assistir à clamorosa derrota do pensamento político neoliberal. A ideologia do mercado entregue a si próprio, sem Estado nem regulação capaz, e a especulação desenfreada nos mercados financeiros são os responsáveis principais pela profunda crise que se abateu sobre toda a economia mundial. A doutrina neoliberal, que professou a sua fé no mercado e desprezou o Estado e as suas funções sociais, não foi o único pensamento político a reclamar para si o estatuto de pensamento único. Anos antes, tinha também tombado o pensamento comunista, e o seu projecto de uma sociedade totalitariamente determinada pelo Estado. Também ele ambicionara ser um pensamento único, com pretensa fundamentação científica, querendo substituir o pluralismo das ideias pelo império da ortodoxia. Os factos encarregaram-se de demonstrar quão errados estavam tais pensamentos. Uma após outra, as ditaduras inspiradas pelo comunismo foram derrubadas pelos povos em busca de liberdade e democracia. Os conservadores quiseram ver aí o seu próprio triunfo e proclamaram o “fim da História”. Nova ilusão: a ideia de que bastava a liberalização dos mercados, sem intervenção relevante dos mecanismos de regulação; a rendição a mercados financeiros extremamente especulativos e cada vez mais distanciados da economia real; o ataque sistemático ao Estado social; a miragem do lucro fácil e o escandaloso aumento dos rendimentos auferidos por gestores e empresários especulativos; o desprezo pelas classes médias e populares – tudo isso contribui para uma crise mundial sem precedentes.» (Ler na íntegra.)
Resposta: formalmente, é mesmo este. Vai ser um ano politicamente interessante.
(Mas as páginas seguintes são bastante menos surpreendentes...)

4 comentários :

Anónimo disse...

É o início de uma viragenzinha à esquerda, por enquanto a nível de discurso. Que mais poderia fazer... torcer por quem perdeu?

Ricardo Alves disse...

Ganhou uma eleição contra o desacreditado Santana Lopes. Poderá ganhar outra durante uma crise para a qual a direita não tem resposta. O interessante é que poderia usar-se disso para deslocar o paradigma um poucachinho mais para a esquerda. Mas, pelas páginas seguintes, não é isso que está previsto...

Zeca Portuga disse...

Palavra de honra que eu nunca tinha visto o nome de Carlos Esperança.
Agora já sei quem é.

Percebo agora a forma de adoração que aqui lhe foi prestada, como guru da seita ateísta.

Na verdade ele comporta-se como um líder da sua religião. Ataca os outros para ver se consegue uns pontitos a seu favor. Parece que tem sido exactamente o contrário, mas tentar não custa.

A falta de tomates dos ateístas, revela-se nas intervenções que não têm.

O Cardeal Patriarca amostrou-se um Homem de coragem. Disse o que todos pensam mas não são capazes de dizer.

Sempre que se gera mal estar, lá vem as larvas da indecência a ver se encontram um organismo debilitado, prontas a atacar. São esses necrófilos ateístas que eu acho aberrantes.

A seu notório apego às ideias da primeira republica, que contribuíram para (e equivaleram ao) nazismo, mostra a sua filosofia de apologia da desordem, da desestruturação da sociedade, do assassinato cultural, com vista a tornar o homem um bicho tribalesco em competição total.

As regras sociais e os valores culturais são os seus primeiros inimigos. Destruam-se para vulnerabilizar o homem, dizem os ateus.

Ora, hoje como na primeira república, a Igreja é uma barreira á penetração das máfias, dos gangs, do banditismo organizado, da desordem social e da redução do Homem civilizado, ao simples bicho humano.

Assim, o primeiro alvo é a Igreja.
Não são os que sofrem privações: os famintos, os pobres, os violentados, os sem-abrigo, os desprezados, os doentes abandonados, os velhotes reduzidos à condição de farrapos humanos, as crianças em ambiente de risco, a falta de transmissão de valores, a segurança, o respeito pelos outros…
Nada disso e, ou pode ser, combatido pelos ateístas, porque isso é o seu meio de contágio.
Aí querem eles, numa relação de parasitose, buscar um hospedeiro. Quanto mais desgraça mais vulnerável está a preza.

Eis que é essa insignificante súcia que tem o atrevimento de comentar palavras de um bispo ou de um cardeal, quando na verdade, nem para limpar o chão que ele pisa, tais fulanos, têm dignidade.

A simples palavra “Igreja” supera todas as suas palavras e pensamentos. Buscam assim um guru mais atrevido. Pode ser um Esperança (sem esperança), ou um Dawkins pseudo intelectual, escritor de livros de “arochas”, pantominias e anedotas, mas fazedor das delícias dos ateus de mente oca.
Eis o rebanho desse e doutros pantomineiros e charlatães, sequazes fundamentalistas da seita acéfala, com a lavagem cerebral respectiva, a vociferar alarvidades – como mando o guru!
Um dia destes constituem a sua igreja. Esperemos que fiquem por venerar o guru, e não queiram implementar as suas ideias – isso já deu mau resultado (v.g. na Alemanha)

Para esses, está o Cardeal a borrifar-se!

E eu, que sou um mero católico, para além da galhofa, tenho pena da sua infantilidade.

Isto é um post do meu Blog, mas serve como comentário.

CS disse...

Mas poderá a desilusão começar no ícone Obama? Ou continuará o maior dos sonhos? Deixo uma pista:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/01/livro-sobre-presidncia-de-obama.html