sexta-feira, 13 de abril de 2007

pequeninos e mesquinhos

Eu não tenho seguido o diplomagate do PM “socialista” por ter aqui coisas muito mais suculentas com que me deleitar: agora a Casa Branca apagou 5 milhões de emails, desapareceu 1 trilião de dólares no ministério da defesa (não estou a falar da corrupção generalizada e dos contratos de adjudicação directa de empreitadas com margens de lucro de 1.000%, etc.), e as prisões estão-se paulatinamente a encher com republicanos.

Mas acho que, para além da questão da desonestidade do ministro, o que é tragico é que em Portugal é preciso ter-se um canudo (ou um título) para se ser respeitável.

Todos nós conhecemos doutores e engenheiros que são broncos, desorganizados, invejosos, preguiçosos, incompetentes, lapuzes, mesquinhos…

Porque é que então o som das palavras “senhorenginheiro”, “senhordoutor”, “senhorprofessor”, comandam tanto respeitinho? Tanto respeitinho, que o senhor primeiro ministro se sentiu na obrigação de comprar um canudo?

Se Portugal fosse uma meritocracia não se perguntava às pessoas pelos pergaminhos e pelos canudos, mas pelo CV.

3 comentários :

no name disse...

filipe, a coisa ainda é pior: não houve desonestidade do primeiro-ministro. é puro escárnio e mal-dizer baseado em boatos da internet. pelos vistos é isso que nos devemos referir agora quando se mencionarem as palavras "jornalismo de referência". vómito total!

dorean paxorales disse...

Na Alemanha, o título é iterativo: se se fizer dois doutoramentos, e.g., ganha-se o direito a assinar "doktor doktor".

Filipe Castro disse...

Dois doutoramentos!! Que grande felicidade que devia ser eu poder assinar aqui: doutordoutor filipe! :-)