terça-feira, 13 de junho de 2006

Danny Rubinstein - Haaretz

(...) It is a known fact that there is no military solution to the overall Palestinian-Israeli conflict. But now it is becoming increasingly clear that there is no military solution for putting an end to the Qassam rocket attacks. (...) Since Mahmoud Abbas was elected Palestinian Authority chairman, a year and a half ago, barely a day has gone by during which he has not called for negotiations. (...) On the agenda now stands the so-called prisoners' document, which has met only with rejection and derogatory responses from the Prime Minister Ehud Olmert and his spokesmen. (...) The Palestinians' demands are tough, obviously. It would have been a lot simpler if they accepted ours: for example, that greater Jerusalem in its entirety - with Ma'aleh Adumim in the east, Givat Ze'ev in the north and Betar in the south - officially become the capital, solely, of Israel. Among the Palestinians, across the board, the general view is that the Israelis know quite well that the Palestinians would never accept such a demand.
###It is therefore in Israel's clear interest not to start any talks with any Palestinians - not with moderates and particularly not with the radicals. On the contrary, it is best that the Palestinians remain extremists because then no one will ask the government of Israel to negotiate with them. How do we ensure that the Palestinians remain radical? We simply strike at them, over and over, via assassinations and incessant bombings, until they drive any thought of supporting a peace policy out of their minds. It is possible that this is mistaken, distorted thinking. However, whoever follows the mood in the territories, the press, the statements of various spokesmen and the interviews on local radio and Arab television stations - will quickly conclude that this is the overwhelming thinking among Palestinians from Rafah in southern Gaza to Jenin in the northern West Bank. And until Israel does not announce a change of policy, a desire for a complete cease-fire and a genuine willingness for dialogue - this is how the situation will continue.

(We came, we shelled, we killed; Danny Rubinstein; Haaretz)

Apesar de o texto tocar vários pontos importantes, e coincidentes com os meus posts anteriores em vários aspectos, para sermos honestos falta aqui alguma coisa. Falta admitir que quando com Barak houve a oportunidade de um acordo honesto Arafat não o aceitou. Que existem forças muito arreigadas na Palestina, e que aliás ocupam agora mesmo o poder executivo na Autoridade Palestina, que utilizam o mesmo discurso de destruição de Israel há várias décadas, sem nenhum tipo de concessão ideológica à paz ao longo de todo este tempo. Que existe por parte de Israel, infelismente, várias razões objectivas e históricas para acreditar que um acordo qualquer que se alcançasse com os moderados palestinos não significaria a paz definitiva. Tudo muito complicado e de dificíl solução como aliás sempre se soube. Mas uma coisa é certa, as soluções, difíceis ou não, só surgem buscando.

11 comentários :

Pedro Viana disse...

Rui, devia tentar informar-se melhor. Devia acreditar menos em boatos, e estar atento a manipulação dos meios de comunicação social. Barak não apresentou nenhum acordo "honesto" (i.e. justo) a Arafat. Leia por exemplo:

http://www.fair.org/index.php?page=1113

http://www.gush-shalom.org/archives/benami_eng.html

Rui Fernandes disse...

Não esperava de ti pedro outro tipo de comentário. A questão do acordo com Barak segundo os "meus boatos" tinha realmente um problema que era a questão do retorno de refugiados. Para além disso toda a questão da água, etc, é sinceramente dada a gravidade do problema bastante mais supérflua que os "teus boatos" suponho dizem (não li os teus dois boatozinhos, mas quando tenha tempo os lerei lhe asseguro), e não justificam o tempo perdido. Por fim lhe aconselho a reforma do discurso, pense mais que uma vez e mais do que apenas sob um ponto de vista sobre todas as questões, senão terminas caindo sempre em um tipo de discurso combativo que pode ser bom para adrenalina e também eventualmente desagradável para o (teu) estômago, o que nunca será é ponto de partida possível para qualquer caminho de reflexão. Desculpa o tom paternalista, prometo só o utilizar desta única vez contigo. Um abraço.

Pedro Viana disse...

"não li os teus dois boatozinhos"

E assim fica demonstrada a capacidade de "reflexão" do Rui Fernandes, que prefere usar como fontes de informação sites onde escrevem agentes da Mossad, em vez de organizações como o Gush-Shalom e o Israel Palestine Center for Research and Information (IPCRI), organizacões que albergam quer israelitas quer palestinianos e que genuinamente estão preocupadas com o bem-estar de ambos os povos, advogando a resistência pacífica, e o diálogo directo sem pré-condições. Acha que são organizações de que se deve desconfiar, ao contrário daquelas de onde o Rui Fernandes retirou a sua informação duma oferta "honesta" de Barak a Arafat? Diga, caro Rui, de onde retirou essa informação? Quais são as suas fontes?... Já não se lembra?... Ouviu em algum lado? Não sabe que não é assim que se cria uma opinião verdadeiramente informada?

Já agora deixo um artigo do IPCRI sobre a oferta "honesta" de Barak

http://www.ipcri.org/files/settelments.html

e se consultar os arquivios do Guardian (perigoso jornal da esquerda radical pró- al Qaeda) encontra artigos como

http://www.guardian.co.uk/israel/comment/0,10551,681673,00.html
http://www.guardian.co.uk/comment/story/0,,1263361,00.html

E, como talvez continue sem tempo para ler, de modo a não ter que admitir que está errado, o que sempre é um doloroso processo psicológico, deixo-lhe um extractos do artigo

http://www.fair.org/index.php?page=1113

que é o mais sucinto:

"Although some people describe Israel's Camp David proposal as practically a return to the 1967 borders, it was far from that. Under the plan, Israel would have withdrawn completely from the small Gaza Strip. But it would annex strategically important and highly valuable sections of the West Bank--while retaining "security control" over other parts--that would have made it impossible for the Palestinians to travel or trade freely within their own state without the permission of the Israeli government

The annexations and security arrangements would divide the West Bank into three disconnected cantons. In exchange for taking fertile West Bank lands that happen to contain most of the region’s scarce water aquifers, Israel offered to give up a piece of its own territory in the Negev Desert--about one-tenth the size of the land it would annex--including a former toxic waste dump.

Because of the geographic placement of Israel’s proposed West Bank annexations, Palestinians living in their new “independent state” would be forced to cross Israeli territory every time they traveled or shipped goods from one section of the West Bank to another, and Israel could close those routes at will. Israel would also retain a network of so-called “bypass roads” that would crisscross the Palestinian state while remaining sovereign Israeli territory, further dividing the West Bank.

Israel was also to have kept "security control" for an indefinite period of time over the Jordan Valley, the strip of territory that forms the border between the West Bank and neighboring Jordan. Palestine would not have free access to its own international borders with Jordan and Egypt--putting Palestinian trade, and therefore its economy, at the mercy of the Israeli military."

"Honesto", ah?...

Mais tarde, como pode ler no artigo, em Taba, a proposta que chegou a estar em cima da mesa era bem mais honesta e justa, mas os israelitas recuaram.... quem afinal não quer negociar com quem?...

Rui Fernandes disse...

Pedro, deixando de lado a tua paranóia com as fontes (a tua citação da fair não será coincidência neste sentido...), o Acordo de Camp David não foi perfeito nem absolutamente justo, porque isto do absolutamente justo antes de mais nada não existe, e foi por isso que preferi utilizar especificamente o adjectivo de "honesto". Mas a proposta não era definitiva, e foi a que ficou como não sendo aceite porque da parte dos palestinos não houve contra-proposta. Não foram os isarelitas que sairam da mesa. Israel apresentou uma proposta, que Arafat criticou com exigências irrealistas sobre Jerusalém que não sendo atendidas lhe levaram a abandonar a reunião, o que poderá ter sido das as suas declarações prévias sempre a sua intenção ou pelo menos expectativa. Imagino que se arrependeu bastante nos meses e anos posteriores e que antecederam a sua morte por ter calculado tão mal a sua posição negociadora e por a ter gerido ainda pior. Grande parte das condições impostas por Israel no West Bank eram explicitamente ou implicitamente temporais e poderiam haver sido renegociadas no futuro e pelo menos em parte na própria mesa de negociações. O West Bank não é fundamental para Israel como aliás prova a política do actual governo de Israel. Um exemplo claro da desonestidade, ou irrealismo se quisermos ser simpáticos, com que Arafat abordou as negociações foi a incapacidade de aceitar ter "somente" a responsabilidade de gestão/custódia da Esplanada das Mesquitas reinvindicando incondicionalmente a sua total soberania... Na maior parte dos aspectos Camp David era o melhor dos pontos de partida possíveis aos palestinos para a fundação do seu Estado, e poderia até haver sido melhorado mas Arafat nem o tentou. Seguramente era muito melhor que a actual situação e, particularmente, na questão de Jerusalém o que ali se ofereceu dificilmente será possível aos palestinos ter no futuro, a curto e médio prazo pelo menos. Podemos ter muitas dúvidas sobre se Arafat e Barak teriam a capacidade de controlar os radicais de ambos os lados e conseguir que Camp David ou algo semelhante se concretizasse nos calendários desejados, mas do que eu não tenho dúvida é que Arafat quando desistiu da reunião em Camp David desistiu de ser um Chefe de Estado, em todos os sentidos.

Rui Fernandes disse...

Quanto aos teus comentários sobre as negociações de Taba digamos que é melhor consultares mais sobre o assunto e verás que aquilo não é nada, ou pior, aúnica coisa que aquilo é capaz de ser é a possível e triste demonstração que entre israelitas e palestinos actuais um acordo é impossível.

Pedro Viana disse...

Alguns pontos:

1) propôr um acordo honesto implica acima de tudo propôr um acordo que se acredita que é aceitável para a outra parte, e mais especificamente um acordo que se acha aceitável porque se acha que é justo (ninguém falou em "absolutamente") para ambas as partes: ora o acordo proposto por Barak em Camp David não era de todo honesto, não só porque qualquer observador imparcial veria logo que era inaceitável (e basta ler os pontos principais do acordo, mencionados no meu comentário anterior), mas também porque não era de todo justo;

2) os palestinianos têm todo o direito (internacional) para exigir um Estado Palestiniano definido pela fronteira de 1948/1967 e o regresso/indemnizações para os refugiados palestinianos das várias guerras Israelo-árabes, ou o Rui acha que é aceitável (ou honesto...) um Estado exigir parte do território do outro e expulsar parte da sua população porque considerada indesejável? Acha que a Sérvia tinha o direito de expulsar os albaneses do Kosovo, invadir a Albânia, e exigir o anexamento de partes da Albânia?!... Um acordo honesto e justo para os palestinianos é por exemplo aquele que foi negociado em Genebra

http://www.monde-diplomatique.fr/cahier/proche-orient/a10414
http://en.wikipedia.org/wiki/Geneva_accord

(cuja reacção foi

"Official support for the agreement is quite low. The government of Israel rejected it outright while the main opposition party, the Labour Party, neither endorsed nor rejected it, and in fact failed to make any official response. On the Palestinian side, acceptance was only slightly warmer.")

ou aquele que esteve prestes a ser acordado em Taba, apesar das exigências claramente injustas dos israelitas como a de que a troca de território fosse tal que estes ganhassem território, a de que os israelitas controlariam as fronteiras internacionais da Palestina (que seria ainda um Estado Soberano?...) ou a de que certos colonatos israelitas devem ter precedência sobre aldeias palestinianas (ou seja, estas é que se devem mover...)

http://www.monde-diplomatique.fr/cahier/proche-orient/tabaminutes-texte

antes dos... israelitas se retirarem das negociações. Exactamente quem não quer negociar?...

"O West Bank não é fundamental para Israel como aliás prova a política do actual governo de Israel."

Há sim?! Então porque é que não saem de lá? Porque é que não se oferecem para retirar completamente de lá em troca da paz permanente com todos os países árabes, tal como estes já ofereceram?

http://www.worldpress.org/Mideast/505.cfm

"Um exemplo claro da desonestidade, ou irrealismo se quisermos ser simpáticos, com que Arafat abordou as negociações foi a incapacidade de aceitar ter "somente" a responsabilidade de gestão/custódia da Esplanada das Mesquitas reinvindicando incondicionalmente a sua total soberania..."

Pois... mas a exigência de Israel de ter total soberania sobre a "western/wailing wall', **e** controlo sobre o Monte do Templo (um dos lugares mais sagrados do Islão) já não é desonesta... noto um certo enviasamento israelita ou é do adiantado da hora?...

"Na maior parte dos aspectos Camp David era o melhor dos pontos de partida possíveis aos palestinos para a fundação do seu Estado, e poderia até haver sido melhorado mas Arafat nem o tentou."

Então a que é que chama às negociações de Taba?!...

Se quiser se informar **ainda melhor** sobre Camp David e Taba também pode consultar a Wikipédia.

http://en.wikipedia.org/wiki/Camp_David_2000_Summit
http://en.wikipedia.org/wiki/Taba_summit

Extracto:

"Since beginning of the Al Aqsa intifada much blame has been placed on former President Yasser Arafat for the ending of the peace talks in 2000 at Camp David. What most Western commentators fail to add is that talks continued at the Taba Summit in Egypt in January 2001. At these talks both sides came the nearest to agreement than at any time in the entire history of the occupation. However the Israeli Prime Minister Barak pulled out of the peace talks to begin campaigning for the Israeli elections. Yasser Arafat sensing that Taba may have been his last chance to negotioate a peace deal, called for Barak to come back to the table. This was unheeded and Barak went on to lose the Israeli election to the Likud leader Ariel Sharon."

Em resumo: nunca disse que Arafat não teve muitos defeitos, mas acusá-lo, ou mais grave "os palestinianos", de ter sido o único ou principal culpado do falhanço
de Camp David e Taba demonstra ser-se ou ignorante do processo ou cego às justas (internacionalmente reconhecidas através de variadas resoluções da ONU) exigências dos palestinianos. E alimenta a "propaganda" israelita de que não há interlocutor do lado palestiniano, porque estes são todos uns radicais que só fazem exigências "irrealistas", coisas que nunca passariam pela cabeça de qualquer juiz imparcial do caso... como atestam os acordos de Genebra, ou por exemplo a proposta do Gush Shalom

http://gush-shalom.org/archives/altpeace.html

Acha, Rui, que os israelitas do Gush Shalom são pró-al Qaeda, traidores do Estado de Israel, e tão "desonestos como Arafat"?...

Rui Fernandes disse...

Pedro os aordos de Taba não existem, prque não se acordou ali nada e dizer que isto não ocorreu por culpa de Israel é no minimo parcial. Nos acordos de Camp David o Monte do templo ficaria também sob a alçada de palestina. Quando hoje Israel afirma (pela boca de Olmert recentemente) que não cederá Jerusalém de nenhuma forma, isso sem mais, só pode ser interpretado como autoritarismo e desprezo pelo povo palestino, o que tão pouco é novidade em nenhum governo israelita. O único que pode ser referenciado como havendo tratado os palestinos com a decência desejável é o de Barak. Mas isso não faz com que eu possa afirmar que do lado dos palestinos a coisa foi muito melhor nos tempos recentes. E se bem simpatize com Abbas e reconheça o seu esforço inglório sei que o seu poder real é extremamente limitado, e que portanto o impacto da sua boa vontade pequeno, e critico que Israel, em parte intencionalmente, em parte por mal juízo em minha opinião, o torne ainda mais pequeno do que deveria ser. Eu reconheço como justas as reinvindicações dos palestinos moderados, falo das fronteiras de 1967. Sei no entanto que já não são totalmente realistas, e pelo menos no caso de Jerusalém é inevitável uma reformulação do seu estatuto. Mas sei também que são muitas as forças que antes de 1967 e até hoje dizem que isto não é suficiente, e que estão na base de grande parte do falhanço de todas as negociações, ora por impossibilitar-las pela sua parte, ora por inpirar em Israel a descrença no resultado destas negociações. É preciso aqui ter mais senso comum senão essa discussão é absurda. Não vale a pena me demonizares, eu sou mais boa pessoa que pensas e imagino que és mais sensato do que pareces. Assim que um pouco mais de paz e amor por aqui ok? Para terroristas já bastam os outros.

Pedro Viana disse...

"Pedro os aordos de Taba não existem, prque não se acordou ali nada e dizer que isto não ocorreu por culpa de Israel é no minimo parcial."

Essa é boa! Mas os "acordos de Camp David" existem porque... foram aceites?!... ou não?

É ou não verdade que quem abandonou as negociações em Taba foram os israelitas? Então, se o Rui afirma que não houve acordo em Camp David por culpa de Arafat que abandonou as negociações, parece-me prefeitamente lógico dizer que não houve acordo em Taba porque Barak abandonou as negociações. Não me parece que seja eu quem tem uma visão parcial...

Acredito perfeitamente que o Rui seja boa pessoa :) , mas isso só torna "as coisas piores". Não me preocupam fanáticos likudistas anti-árabes argumentarem que não se consegue dialogar com os palestinianos porque estes só fazem propostas irrealistas. Mas preocupa-me imenso ver pessoas razoáveis, que pretendem uma paz justa entre os dois povos, andarem a repetir o mantra de que "não se consegue dialogar com os palestinianos porque estes só fazem propostas irrealistas". Acredite Rui que não está a ajudar os palestinianos ao repetir essa falsidade. O Rui parece-me também que tem uma visão idealizada do Barak. Não sei porquê, se é por ser Trabalhista, por se ter apresentado como sucessor de Rabin, o Rui lá saberá. Mas está enganado. Barak não estava e não está interessado numa paz justa (a única que pode ser permanente). Deixo-lhe a desilusão dum antigo apoiante de Barak num artigo onde afirma por exemplo que:

http://users.ox.ac.uk/~ssfc0005/Avi%20Shlaim%20explains%20his%20disenchantment%20with%20Ehud%20Barak.html

"But under Barak the building of settlements proceeded at a frenetic pace and in blatant disregard for the spirit of Oslo. Barak seemed intent on repackaging rather than ending the occupation and on tightening Israel’s control over the Palestinian territories. The vision of coexistence based on equality seemed utterly alien to his whole way of thinking."

Outro artigo interessante e muito detalhado que confirma o que venho a dizer pode ser encontrado aqui:

http://www.thenation.com/doc/20060417/beinin

Posso compreender a frustação do Rui com o facto dos palestinianos terem tido líderes como Arafat e tenham agora eleito o Hamas, mas pode acreditar que os Palestinianos estão muito mais frustados e desesperados do que o Rui, sendo as suas acções perfeitamente compreensíveis (que não todas justificáveis) por quem quer que compreenda o que é ser-se humano.

Rui Fernandes disse...

Primeiro quando digo que Tabas não se acordou nada quero dizer que não se apresentou nenhum documento oficial definitivo, com acordo de ambas as partes ou não. Tabas é uma compilação de discordâncias entre as partes. Ou seja não é nada, e portanto é menos que Camp david. Me custa imaginar que não tenhas compreendido o que queria dizer se estás tão familiarizado com as negociações de Tabas...

Eu não disse que os palestinos fazem propostas irrealistas. Disse que seus líderes são irrealistas, e mantenho. Não é nenhum mantra, se achas que Arafat foi realista nas negociações com Israel, respeito a tua opinião se bem que discorde. De Hamas nem vale a pena falar. Eu acho que a Fatah engloba figuras de tipo muito distinto, e considero que Abbas é um dos exemplos actuais do que melhor por lá ainda se mantém, tendo em conta que grande parte dos melhores que lá havia abandonaram ou se afastaram da formação. A Palestina tem um problema de líderança que é tão ou mais responsável pela estagnação das negociações que Israel. É a minha opinião, aceito a tua de que Israel é uma democracia intrinsecamente perversa e sempre liderada por gente odiosa que apenas porque sim querem destruir um povo. Aceito mas discordo e não chego a ser capaz de respeitar. Como sei que não respeitas a minha opinião estamos quites. Um abraço.

Rui Fernandes disse...

Melhor dizendo (o directo dos comentários não são ideais à clareza do discurso): em Tabas ninguém apresentou uma proposta (pelo menos conhecida) concreta como a apresentada em Camp David, apenas se compilaram opiniões e com elas quase só discordâncias.

(ar)risc(ar) disse...

Um dos mais inteligentes comentários que lí foi de um ex-general israelí propondo a troca das zonas conquistadas na cisjordânia por "terras" no deserto do Negev .Essa é uma visão Geopolítica que permitiria criar uma fonte de ingressos de um mercado já existente.
Com a tecnologia israelí e a força de trabalho arabe os dois povos poderiam facilmente fazer um "excelente negócio" cada um com sua cultura religião e a região se transmutaria ecologicamente numa experiencia única e um exemplo para outros povos.Quer queiram ou não judeus e arabes são povos irmãos.