- Salman Rushdie deu uma entrevista à revista Reason em que declara preferir a laicidade à francesa ao separacionismo estado-unidense. Justifica-se explicando que prefere um espaço público sem religião a um espaço público onde convivem todas as religiões. O mais famoso dos apóstatas do Islão afirma que a democratização dos países de população muçulmana passa por retirar o Islão dos fundamentos do Estado, o que implica mudar radicalmente a forma como os muçulmanos encaram a sua religião. Num artigo publicado no Washington Post, Rushdie desenvolve a ideia de que é necessária uma reforma do Islão, sugerindo que os seguidores desta religião a deveriam estudar dentro do seu contexto histórico (melhor documentado do que no caso do cristianismo) e não presumindo-lhe uma origem sobrenatural, algo que não acontece neste momento entre as elites dos países de população muçulmana. Exige também que se levantem vozes entre os muçulmanos demarcando-se da violência terrorista, o que efectivamente não acontece tanto como seria desejável.
- Hélio Schwartsman escreveu na Folha de São Paulo sobre um curso de astrologia promovido numa Universidade pública brasileira e, apesar de sempre ter votado em Lula, já discute a sua deposição. Tempos de decepção e amargura para os brasileiros...
- E ainda o último artigo de Hirsi Ali, uma das poucas pessoas que nos pode ajudar a navegar evitando quer o abismo da xenofobia quer os escolhos da complacência com o islamismo.
Nota: voltei de férias, mas este blogue não será, nos meses vindouros, de alta frequência de publicação de artigos.
2 comentários :
Bem vindo de volta. Espero que tenhas tido umas boas férias.
Afonso Costa
Bem vindo de volta, Ricardo.
Filipe Moura
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