Cem mil mortos depois, o George W «lamenta» ter confiado nos serviços de informações. É tarde. Poderiam ter-se poupado vidas e não se ter concedido um novo foco de recrutamento à Al-Qaeda. Será que alguém aprendeu a lição para a próxima? E o que vai acontecer às «muitas pessoas [que] puseram as suas reputações em jogo» (sobre as armas de destruição «maciça»(*))? Alguma vai perder o emprego? Serem despromovidos? Pode-se saber os nomes deles, já agora?
(*) Um neologismo que fica desta guerra: as destruições «maciças» (supõe-se que antónimas das destruições «ocas»).
3 comentários :
A culpa dele é ter sido enganado pelos incompetentes e inescrupolosos Serviços Secretos, coitado...
Que eles tivessem sido enganados tudo bem. Foi um engano lamentável, e tal.
Mas para evitar enganos estava lá o sr Hans Blix à procura das armas, e enquanto andasse por lá, Saddam não as poderia usar, caso as tivesse.
E quando o sr Hans Blix pedia tempo e suspeitava que as armas não estivessem em lado nenhum, ala que se faz tarde, há um país à espera de ser "libertado".
Por isso toda esta malta que diz "ah e tal, nós pensávamos mesmo que elas estavam lá" como se tivesse havido um engano legítimo, não tem qualquer desculpa. A decisão de atacar sem esperar pelos inspectores teria sido uma decisão sem pés e cabeça, mesmo que fosse provável que Saddam tivesse as armas (e quem tinha dois dedos de testa já sabia na altura que não era o caso).
Ou seja, todas as alegadas falhas dos serviços de informação (muitas delas atribuíveis à liderança da casa branca), e excessiva confiança que neles foi depositada, não são suficientes para desculpar o unilateralismo belicista com que os EUA lidaram com a situação do Iraque.
Vendo bem, vou escrever um post a dizer isto.
Ainda por cima, é barbarismo do castelhano. Blegh!
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