Os defensores da democracia limitada pelo mercado garantem-nos serem grandes defensores da «liberdade». Mas as «liberdades» que defendem estrenuamente são apenas as que se exercem em situações de desigualdade: a «liberdade» do patrão despedir o trabalhador, a «liberdade» da empresa que contrata letões para trabalhar na Suécia sem beneficiarem dos direitos sociais suecos, a «liberdade» da empresa que escolhe em que país opera para poder não reconhecer o direito à greve, etc. Evidentemente, eu defendo também que determinadas liberdades (a liberdade de consciência e a liberdade de expressão, para não ir mais longe) sejam colocadas acima das maiorias. Mas, ao contrário dos «liberais», essas liberdades que defendo não implicam relações de hierarquia, dominação ou desigualdade. É uma verdade antiga que, sem a igualdade, a liberdade descamba facilmente em dominação.
Quincy Jones (1933-2024)
Há 5 horas
2 comentários :
"Liberdade sem socialismo é privilégio, injustiça; socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade .", isto já se sabe há pelo menos 138 anos.
Como escrevi no meu blogue: é a liberdade de uns restringirem as opções dos outros, e a liberdade dos outros optarem entre o muito mau e o ainda pior.
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