- «O governo britânico confirmou ontem a passagem de dois voos da CIA pela base militar de Diego Garcia, no oceano Índico, nos quais foram secretamente transportados dois suspeitos de terrorismo (...) o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu desculpa pelos erros que considerou "muito graves". "O importante agora é levar a cabo as medidas necessárias para garantir que isto não volte a acontecer", afirmou Brown durante a sua primeira visita a Bruxelas como primeiro-ministro britânico. Aproveitando a presença de Brown, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelou a todos os países europeus para que sejam mais "transparentes e investiguem o que aconteceu em relação a essas transferências de prisioneiros".» (Jornal de Notícias)
Deixando de parte a hipocrisia de Durão Barroso, que terá sido, possivelmente, o primeiro Primeiro Ministro português do período democrático a autorizar a colaboração na tortura de prisioneiros, é de enaltecer que Gordon Brown tenha admitido um erro. Espero que alguém no governo português o tenha ouvido, e que se comecem a investigar aprofundadamente os voos que passaram nos Açores, e outros casos de tortura menos falados. Já vai sendo tempo de começar a punir os responsáveis pelo recuo civilizacional que o regresso da tortura representa. Quem não compreende o respeito pelos Direitos do Homem como princípio fundamental da nossa civilização, deve pelo menos compreender que fornecer mártires a uma ideologia religiosa é um erro estúpido.
3 comentários :
Pires de Lima (CDS) disse um dia na «Quadratura do círculo» que Durão Barroso tinha ainda pior carácter do que ele algum dia pudesse admitir.
A base americana de Diego Garcia (no original Diogo Garcia) foi a causa para a expulsão forçada da sua população pelo governo britânico nos anos setenta e oitenta. O governo de Brown ainda luta em tribunal para manter essa gente ao largo.
Ora, se é assim que 'defendem' os direitos humanos dos seus próprios cidadãos...
Se houvesse justiça, Barroso, Aznar e Kim Jong Blair tinham de ser julgados no tribunal europeu por crimes contra a Humanidade.
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