- «Sendo visceralmente contra a pena de morte e adversário da violência, não aceito que os valores actuais, em democracia, alimentem o coro ressentido contra os regicidas de 1908 – cidadãos que mudaram o curso da história, em Portugal. Grande parte da opinião pública desconhece o contexto do regicídio. Ignora a suspensão real da Carta Constitucional, que permitiu ao ditador João Franco encerrar o Parlamento, reprimir manifestações, fechar jornais, encarcerar grande parte da oposição republicana, e até monárquica, que se propunha degredar para Timor. É neste contexto que os regicidas ousaram tirar a vida ao rei, sabendo que sacrificavam a sua. (...)» (Carlos Esperança)
- «Senhor Presidente, Como representante da República Portuguesa, em minha opinião, foi infeliz e afrontou a memória da República ao prestar pública homenagem ao rei D. Carlos nesta precisa data. Quem há cem anos morreu não foi o aguarelista, ou o ornitólogo, ou o oceanógrafo, ou o biólogo marinho, ou o meteorologista, ou o “homem do mar”, o desportista, o caçador, ou o curioso pelo progresso ou pelos gadgets – como hoje se diria. (...) Quem morreu há cem anos foi o rei D. Carlos, o perdulário, o que rompeu com a Constituição, o que instalou a ditadura, o que assinou o decreto da repressão. Foi a esse rei que o senhor prestou homenagem.» (Pedro Azevedo Peres)
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Leituras republicanas (2/2/2008)
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
Sem comentários :
Enviar um comentário