O holandês Geert Wilders diz que quer proibir o Corão. O que ele quer é atenção, mas a ideia é péssima. Não se deve proibir o Corão: deve-se criticá-lo, refutá-lo e ridicularizá-lo. Não se proíbe ninguém de ser muçulmano (ou católico, ou cientologista), numa sociedade em que se pode explicar-lhe que «Deus» é uma fantasia intelectual, que os sacerdotes enganam as pessoas e que a religião organizada é uma aldrabice massificada.
O populista holandês diz ainda que o Corão «é fascista e semelhante ao Mein Kampf». É verdade. E outro tanto pode ser dito sobre a Bíblia. Mas o Corão não se proíbe, como também não se proíbe a Bíblia ou o Mein Kampf. As apologias da violência, da discriminação, da instauração de regimes opressivos, como as defesas da escravatura e da opressão das mulheres que estes livros contém, são genuínas e inspiraram alguns dos piores regimes que a humanidade conheceu. Mas privar-nos de as ler seria tirar-nos as armas com que nos poderemos defender. E perder a liberdade de expressão que tanto gozo nos dá exercer.
[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]
7 comentários :
"Não se deve proibir o Corão: deve-se criticá-lo, refutá-lo e ridicularizá-lo."
Não há aqui funadamentalismo da vossa parte.
Porque não propõe sequer deve-se "compreendê-lo"?
Eu sou crente nO Corão e não vejo justificação para as aberrações ligadas ao terrorismo ou outras que tais.
Religião é MERDA!!!
Eu acho que se deve compreender o islão, bem como outros fenómenos religioso-supersticiosos (como o cristianismo, por exemplo).
Devem ser bbem compreendidos por várias razões, e uma delas é para que as sociedades melhor sejam capazes de se proteger dos seus efeitos nefastos.
Nesse sentido, a promoção da laicidade é fundamental, e ela encontra bom fundamento numa compreensão adequada do fnómeno religioso e dos perigos que o mesmo pode representar.
Mas a promoção da laicidade diverge claramente da promoção do ateísmo.
A imposição deste último deu resultados de que todos temos conhecimento.
Há nações como o Reino Unido ou a Noruega que têm uma religião de Estado e são claramente tolerantes.
E no caso desta última, um caso exemplar que produçâo de riqueza e distribuiição da mesma.
João Moutinho,
é evidente que laicidade e ateísmo são coisas muito diferentes (já devo ter dito isto umas trezentas vezes desde que comecei nisto dos blogues): para não ir mais longe, laicidade é política, ateísmo é uma mundividência.
Compreender o islão (a religião) é uma opção, não é uma obrigação. O que eu quis dizer com este artigo foi que pessoas como Geert Wilders, se querem realmente combater o islamismo (a corrente política), não devem proibir o Corão, devem criticá-lo. E para criticar também é necessário compreender.
Quanto à «tolerância religiosa» do Reino Unido: ainda existe uma lei contra a blasfémia, que resultou numa pena de prisão efectiva há cerca de 25 anos. E existem escolas com religião obrigatória, subsidiadas pelo Estado, e sem alternativa nas localidades onde se situam.
se esse holandes nao mandar proibir a biblia... sera 1 ato d hipocrisia
"Não se deve proibir o Corão: deve-se criticá-lo, refutá-lo e ridicularizá-lo"
Mais premente ainda será fazer o mesmo, mas `s suas interpretações extremistas...
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