O Estado francês decidiu, através de critérios curiosos, financiar quatro dos partidos franceses favoráveis ao «sim» à Constituição Europeia e quatro dos favoráveis ao «não», mas incluindo apenas um partido engajado no «não» de esquerda (o PCF) e excluindo o MRC (Chevenement já protestou). Todos os eleitores receberão o Tratado pelo correio (não vejo isto a acontecer em Portugal!).
Entretanto, há pela primeira vez uma sondagem que indica que o «non» poderá derrotar o «oui» no dia 29 de Maio. O «non de gauche» inclui dirigentes socialistas importantes (como Laurent Fabius; cerca de 40% dos militantes socialistas manifestaram-se em referendo interno contra o Tratado), o Mouvement Républicain et Citoyen, o PCF, os trotsquistas (LCR, LO) e a maioria dos ecologistas. A campanha será dura.
2 comentários :
Ricardo:
Ainda que mau sou absolutamente pelo SIM. E sei que o NÃO vai ganhar em algum dos países. Considero péssimo para Portugal a derrota do SIM à UE. Reconheço a tua razão mas bato-me pelo meu sentimento.
Também sou pelo sim mas percebo as razões de quem é pelo não. Tudo isto vem abrir um série de questões que nunca fora feitas. Sendo que a UE nunca foi uma instituição de construção de popular, foi antes maioritariamente um conjunto de acordos entre burocratas e técnicos – com alguns excelentes resultados diga-se – como é que a UE se vai a adaptar à existência de uma liderança política? O que é mais importante, autoridade regional ou peso internacional? De um lado os riscos de um federalismo exacerbado do outro a irrelevância e impotência dos países quando separados. Continuo a achar que o projecto europeu é o caminho a seguir, a questão está precisamente em definir o que será daqui para a frente o projecto europeu...
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