quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Razões da minha saída do LIVRE

Desvinculei-me do LIVRE no dia das eleições legislativas.

As razões político-ideológicas são evidentes: não me revejo na viragem de rumo do partido no último ano. Em parte ficam ditas no Público de hoje (páginas 8 e 9, em declarações feitas na sexta-feira antes do final da tarde).

Ajudei a fundar o partido em 2013-2014, na sequência da maior crise económica e política da democracia. Tinha mais de quarenta anos, nunca pertencera a partidos, não estava satisfeito com a divisão entre os dois lados da esquerda que impossibilitava um governo de esquerda e, mais geralmente, os partidos que vêm dos anos 70 pareciam-me entrincheirados em clivagens ultrapassadas. Vinha da militância republicana e laicista (onde aliás continuo). Sonhei na altura um partido no espaço da esquerda democrática, que preenchesse nichos político-sociológicos de que os outros partidos se desinteressam e que inovasse nas práticas democráticas. Foram anos de trabalho, alegrias e decepções, e portanto não foi uma decisão fácil.

Há também razões internas, de que dei conta aos que ficaram no LIVRE.

Continuo na luta, como independente.


Adenda: explicações também no Diário de Notícias de 28/11/2019.

8 comentários :

O Eleitorado Morre Mas Não Se Rende disse...

menos um voto no livre, como independente isso dá votos? independente tem voz?

Ide levar no déficite ide disse...

na maior crise económica? ainda estamos na mesma

Para a Posteridade e mais Além disse...

e os colegas do blogue não saneiam este perigoso revisionista?

O TEU FLUVIÁRIO METE ÁGUA CAMARADA disse...

republicano laico e maçon dava mais jeito, arranje um aventalzinho antes de chegar aos 50

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

logo agora que o Livre tem espaço para crescer sai um, devia ser proibido e feito um auto da fé

tempus fugit à pressa disse...

quantos é que ficaram no livre? são assim tão poucochinhos?

ASMO LUNDGREN disse...

o jão vasco também é do comitê central?

Mário Pinto disse...

Por que razão os "comentaristas" se escondem atrás de "nomes" estapafúrdios?
Têm medo - ou será antes vergonha? - de quê?