O debate em que participei, no dia 15 de Dezembro, na Universidade Fernando Pessoa (Porto).
Em defesa dos chulos
Há 32 minutos
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
12 comentários :
O estado pode ser laico mas o estado não é o povo, e o povo
não é laico.
O povo é imensas coisas. E só pode sê-las se o Estado for laico.
O estado não é o povo. O que o estado é, é lá com ele. O povo é totalmente distinto do estado, e tem desejos, vontades e crenças distintas.
Os povos não têm religião. Os indivíduos é que sim.
E os indivíduos são distintos do estado.
Claro. Mas o Estado garante-lhes direitos.
Ainda bem que estamos de acordo que o estado pode ser laico, mas 1) o estado não é o povo, e 2) as pessoas do povo Português não são, na sua (ainda) maioria "laicas".
Não distorça o que eu escrevo. Concordei com 1), não me pronunciei sobre 2).
Tem razão.
O princípio da laicidade na prática continua a não ser respeitado. Porque razão, por exemplo, é que, sendo Portugal um Estado laico, de acordo com a interpretação mais usual da Constituição da República, a programação da RTP1 continua a transmitir a chamada "eucaristia dominical", vulgo Missa?
Se alguém alegar que isso se deve ao facto de Portugal ser um País cuja população é de maioria católica, eu respondo que foi precisamente contra isso que o princípio da laicidade do Estado foi criado, isto é: assegurar a neutralidade religiosa do Estado perante todas as confissões religiosas, impedindo que determinada confissão seja privilegiada face às demais.
E no caso da transmissão da Eucaristia dominical há uma óbvia intenção da RTP de favorecer determinada confissão religiosa em detrimento das outras, já que estas não têm qualquer direito a transmissões análogas por parte do canal público televisivo.
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