A ideia de que a religião promove a generosidade carece de fundamento empírico. Os indícios que existem a esse respeito vão no sentido contrário, o de que existe uma correlação negativa entre religiosidade e generosidade.
No entanto, e isto serve para outras questões científicas e não apenas para esta, um estudo isolado não justifica convicções fortes. Antes de concluir com segurança o que quer que seja a respeito da relação entre a religião e generosidade deve esperar-se pela replicação deste estudo, outros estudos relacionados, e meta-estudos que os enquadrem.
Até lá, os fundamentos para dizer o que quer que seja sobre esta relação são insuficientes.
No entanto, e isto serve para outras questões científicas e não apenas para esta, um estudo isolado não justifica convicções fortes. Antes de concluir com segurança o que quer que seja a respeito da relação entre a religião e generosidade deve esperar-se pela replicação deste estudo, outros estudos relacionados, e meta-estudos que os enquadrem.
Até lá, os fundamentos para dizer o que quer que seja sobre esta relação são insuficientes.
2 comentários :
Francamente, sou tremendamente cético relativamente a tais estudos, todos, porque tarde ou cedo aparece um outro com metodologia distinta a indicar exatamente o oposto. Claro, sendo o modo de pensamento religioso o dominante (os ateus e agnósticos são uma minoria), não admira que persista a crença de que ser-se religioso nos torna pessoas melhores, tenha ela uma base factual ou não, até porque persiste a falácia de que só a crença na transcendência justifica um comportamento moral (desde logo os valores morais até poderiam ser universais, tal como a matemática, sem que isso justificasse a existência de uma divindade, algo em que eu não acredito, note-se).
Jaime Santos, após ter escrito este texto senti que estava um pouco desequilibrado. Dediquei duas linhas a transmitir uma informação, e quatro a fazer uma ressalva face a essa informação.
Mas afinal parece que esses dois terços do post foram insuficientes, porque o Jaime Santos disse precisamente o mesmo que eu na minha ressalva: devemos ser cépticos em relação a estudos isolados, e ter mais atenção a meta-estudos ou pelo menos à replicação destes resultados caso se mantenham. Algo que infelizmente a comunicação social não faz como devia.
Enfim, pelo menos é bastante claro que estamos de acordo.
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