O ex-chefe de um delicado serviço do governo (equiparado na linguagem comum a «serviço público», embora não o seja) assumiu publicamente que, sob as suas ordens, se cometiam crimes com plena consciência de serem crimes. (Aliás, existe até nesse serviço um «Manual de como um funcionário do Estado deve cometer crimes», infelizmente desconhecido de quem sustenta criminosos com os seus impostos.)
Parecia que ninguém faria nada. Felizmente, o PCP promete chamar o chefe da pide à Assembleia da República. Esperemos que desta vez a palavra fiscalização se aproxime do seu verdadeiro significado (no passado, houve episódios bastante indignos de um Parlamento de qualquer democracia a oeste de Budapeste). Ou será que o poder político está à espera que o poder judicial prove que o Parlamento ajudou a encobrir crimes contra a privacidade dos cidadãos?
1 comentário :
Deveras engraçado é que cá em Portugal continua-se a falar de "escutas" como se os telefones ainda fossem a forma principal de comunicar e de preparar crimes.
Hoje em dia as pessoas podem comunicar de forma encriptada e praticamente inviolável utilizando computadores. As escutas telefónicas em breve deixarão de ter muita utilidade.
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