É um direito básico saber como votam os nossos representantes. O Parlamento Europeu tem um sítio excelente para recolher essa informação: o «Vote Watch Europe». Em Portugal, não há nada do género. Portanto, faz todo o sentido a petição «Direito a saber como votam as pessoas eleitas que nos representam». Assinei e recomendo que o façam.
(Eu sei, em Portugal as direcções das bancadas decidem como os deputados votam. Mas nem sempre. E a disciplina de voto deveria ser a excepção e não a regra.)
(Eu sei, em Portugal as direcções das bancadas decidem como os deputados votam. Mas nem sempre. E a disciplina de voto deveria ser a excepção e não a regra.)
3 comentários :
a disciplina de voto deveria ser a excepção e não a regra
Segundo creio, no Parlamento Europeu os deputados têm que votar centenas de coisas, e raramente têm tempo para as estudar a todas. É por isso que, na prática, costuma funcionar uma disciplina de voto: os deputados seguem orientações do seu partido, ou do seu país, sobre se uma determinada resolução é genericamente boa ou má.
Na Assembleia da República as coisas são apenas ligeiramente melhores. A generalidade dos deputados não pode ter a pretensão de compreender em detalhe tudo aquilo que vota.
O Luís Lavoura está a fazer confusão entre "votar de acordo com o seu partido" e "disciplina de voto".
A primeira situação é natural por diversos motivos, desde a mera afinidade ideológica às heurísticas que mencionou. Na segunda situação existe coerção para que o deputado coloque as directivas do partido à frente da sua consciência - a ser aceitável, deverá ser uma excepção.
Espero que o Luís Lavoura esteja a ser sarcástico... Senão, espero que esteja a ser resignadamente cínico. Porque se está a falar a sério acabou de mandar a democracia às urtigas.
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