quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Compromisso à esquerda

Um apelo à estabilidade governativa. Assinar aqui.

5 comentários :

no name disse...

está cheio de spam. assim não faz sentido! não era possível fazer-se um abaixo-assinado que funcionasse?

Ricardo Alves disse...

Já assinei.

viana disse...

Será que quem sugere a assinatura de tal apelo é o mesmo Filipe Moura que num post colocado após as eleições se referia a Francisco Louçã nos seguintes termos?!

"Quem pudesse ter pensado na viabilidade de uma coligação do PS com um partido liderado por este indivíduo terá encontrado aqui a resposta."

Quantas mais cambalhotas o Filipe Moura vai dar? Ou o tal apelo nada mais é do que uma armadilha montada para capturar BE e CDU numa situação em que só podem ser prejudicados: ou recusam apoiar José Sócrates, e são acusados de abrir as portas (ainda mais) à Direita; ou apoiam José Sócrates, previsivelmente em troco de nada que seja relevante em termos de política económico-social e fiscal, e traiem as aspirações duma parte significativa do seu eleitorado, que ainda por cima detesta José Sócrates.

Eu não dou para esse peditório. Que de qualquer maneira não vai a lado nenhum. Nenhum apoiante de BE e CDU que tenha o mínimo sentido político assinará tal apelo.

Filipe Moura disse...

Ricardo, o spam já foi limpo.

Viana, sim, primeiro e único! (Por acaso não sou - na petição até aparecem dois, e só um deles sou eu. Mas neste blogue sou o único Filipe Moura.)
O que eu escrevi aqui é o que eu receio que aconteça; a petição é aquilo que eu defendo. Acho que o PS deve procurar acordos à esquerda (e *não* deve procurar acordos à direita). Se eles acontecerem ou não, logo se vê.
Assinei a petição sobretudo a pensar no PS. Queria mandar um recado ao PS.
Até amanhã.

viana disse...

Eu até acho que o PS, em termos de estabilidade governativa e resultados eleitorais futuros, tem mais a ganhar em esforçar-se por fazer um acordo à sua Esquerda, do que em confiar no PSD. O apoio deste tem data limite: 2011. Se o PS quiser continuar no governo em 2011 terá de se entender com BE e CDU. Portanto, ou agora ou em 2011, PS, BE e CDU terão que tentar entender-se para evitar eleições legislativas em 2011, que muito provavelmente darão a vitória ao PSD (e de certeza se se pré-coligar com o CDS). O problema da petição é que se já é muito difícil PS, BE e CDU acordarem num programa mínimo de governo, devido a marcantes diferenças ideológicas e sobre políticas, o actual momento político torna praticamente impossível tal desfecho. Neste momento, após 4 anos dum governo PS autista e arrogante, que atacou uma parte significativa do eleitorado que habitualmente vota à Esquerda, nomeadamente no PS, a grande maioria dos eleitores que votaram BE e CDU não compreenderiam que estes partidos fossem agora apoiar a manutenção de Sócrates como primeiro-ministro, a não ser que.... o PS fizesse enormes concessões na política económico-social e fiscal a CDU e BE (revogação das alterações ao código do trabalho, extensão do subsídio de desemprego, paragem e reversão de privatizações, imposto sobre as grandes fortunas, aumento das taxas efectivas de IRC pagas pelas grandes empresas, reversão das alterações na educação, fim de parcerias público-privadas, etc). Vai fazer isso? Claro que não. Seria admitir que fez quase tudo errado nos últimos 4 anos. Portanto, o apelo é fútil, e politicamente ou é inócuo (o mais provável) ou acabará por ser usado como arma de arremesso contra BE e CDU. E por isso não tem o meu apoio.

O recado que eu daria ao PS é o seguinte: aproveitem o facto do PSD não querer instabilidade até 2011. Governem de forma humilde, começem a construir entendimentos de natureza parlamentar à vossa Esquerda, e tentem remediar os estragos que fizeram entre o eleitorado natural à Esquerda. Têm quase 2 anos para conseguirem criar um clima de confiança na Esquerda. No final desse período probatório, aborde então BE e CDU com uma proposta de acordo global, que em 2011, com a memória do PS arrogante da maioria absoluta já desvanescida, já não terá de incluir tantas concessões como as que eu mencionei. Será que PS e José Sócrates terão suficiente paciência e capacidade de diálogo?...