segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Está lá tudo...ou quase

O fundador e líder histórico do BPN era Oliveira Costa (ex-secretário de Estado do cavaquismo, sob Miguel Cadilhe), que foi substituído por Abdul Vakil (o wahabita dirigente da Comunidade Islâmica de Lisboa), que foi substituído por Cadilhe (ver parêntesis mais atrás). Nos quadros do BPN aparecem também Rui Machete (Opus Dei), e outros ex-ministros do PSD: Arlindo de Carvalho, Amílcar Theias, Daniel Sanches e Dias Loureiro, o padrinho. E mais, o BPN tinha ligações ao sub-mundo do futebol.

E o que fez toda esta gente? Isto:

  • «Na sequência de investigações levadas a cabo pelo BdP sobre sociedades off-shore, o anterior presidente do BPN, Abdul Vakil, forneceu, em Junho, informações consideradas decisivas. Confirmava que o Banco Insular de Cabo Verde pertence ao grupo SLN, que controla o BPN, o que contrariava as garantias dadas inicialmente, "mas mais surpreendente ainda - sublinhou Vítor Constâncio - foi a revelação segundo a qual tinha sido descoberto um conjunto vasto de operações de crédito clandestinas", que não estavam registadas nas contas oficiais, mas sim num "balcão virtual". Estas, apurou o PÚBLICO, estavam instaladas em dois computadores, um deles portátil.» (Público)

E porquê? Talvez aqui se entenda:

  • «Quem conhece as empresas que constituem o grupo, sabe o quanto foi nelas investido e quanto elas poderiam facturar. A investimentos avultadíssimos, corresponderam sempre elefantes brancos, sorvedouros de dinheiro que estranhamente apresentavam lucros, -em algumas empresas do grupo, passam-se mesmo dias sem que seja carregado um camião. Não existia sequer o pudor de esconder o esquema.» (Sociedade em comandita)

Agora, parece que o PS os vai safar da falência. E da prisão?

4 comentários :

Anónimo disse...

Claro quew o PS vai salvar esta escumalha dentro da sua traição social democrata que é ,salvar a burguesia,ie,quem mais tem.O resto é conversa de merda que muitos gostam de ter e dar uma imagem imaculada da social-democracia nem que tenha q escovar bem o passado em que ainda se notam os campos de concentração.....

Anónimo disse...

O PS e o Governo não vão deixar que um Banco Português vá à falência, porque isso poderia ter consequências desastrosas no sistema financeiro, em milhares de pessoas e empresas, e na confiança das pessoas nas instituições. Por isso, concordo plenamente com a nacionalização do BPN. O que também significa o fim desses esquemas obscuros.
Tudo o mais é um caso para a justiça, que espero que seja célere e conclusivo. Cá estaremos para ver.

Nuno disse...

O q aconteceu aos admnistradores do BCP na sequência das fraudes detectadas há um ano? Pois é o mm q vai acontecer a estes escroques!

Quintanilha disse...

Seria interessante ouvir a opinião do Prof. Anibal Cavaco Silva, que na qualidade de Presidente da República, não se tem coibido de vir a terreno pronunciar-se sobre outros acontecimentos passados neste cantinho à beira-mar mal frequentado, assuntos esses bem menos importantes do que a nacionalização de um banco.
Como exemplo, o estatuto dos Açores, que até deu direito a uma mobilização geral dos portugueses, em época de férias, transmitido em horário nobre, para ouvir, quase nada de relevante.
Sobre o BPN, administrado por rapaziada amiga do PSD, e que pertenceu aos seus Governos, será que iremos ouvir alguma coisa?
Aguardemos serenamente!