quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A «terceira via» na encruzilhada

  • «Almost all the main premises of Thatcherism were adopted as policy by New Labour without it ever being formally avowed, and without anyone worrying much about whether Thatcherism ‘worked’, because the political professionals told ministers that they had to accept the lessons of the 1980s – despite the fact that in the 1980s Blair and Brown had a very clear idea of what Thatcherism was up to. Evidence that suggested most people had no real sympathy for what Thatcherism had become was discounted in favour of focus-group truths: taxation (too high), crime (too much), choice (not enough), asylum seekers (too many), the public sphere (too big). The elimination of these blemishes became the desideratum of politics.» (London Review of Books)
Os trabalhistas nunca tinham ganho duas eleições seguidas. Com Blair ganharam três. Infelizmente, a «terceira via» resumiu-se a ser um thatcherismo de rosto humano. Sem terem introduzido uma cultura política distinta no governo britânico, os herdeiros de Blair perderam a hipótese que tiveram de renovar a esquerda. Desaparecerão sem deixar rasto.

4 comentários :

Filipe Castro disse...

A Inglaterra é hoje uma cleptocracia, como a maioria dos outros países da Europa, e a ideologia é uma máquina de fumos que os cleptocratas ligam de vez em quando, para dar a ideia de que se ralam com o futuro da classe média.

Anónimo disse...

Que se vayan...

Filipe Castro disse...

Ohohoh! Também leu o El País hoje? :o)

Coluna disse...

Pois é, camaradas e... cambada! Fui dar um pulinho à "longa marcha BEs" contra a precaridade e ia LEVANDO PORRRADA!

Parece mentira, mas é verdade. Quando comecei a gritar uns impropérios contra o Márocas Soares (inventor dos recibos verdes no ano de 1983) levei uns safanões do guarda-costa do Louçã, por estar a querer "inquinar a unidade da esquerda". A sorte foi que me fiz passar por ingénuo e eles precisavam de figurantes na Praça das Nações. Já no restaurante de Setúbal, pra morfar umas gambas - acreditem! - não faltaram os figurões...

E atenção: começámos por ser dúzia e meia de idiotas com um boneco às costas a "marchar" plo Parque das Nações à beira Tejo e por entre os jardins, mas nem foi mau de todo: apesar do ridículo da cena circense, a brisa corria ligeira. Depois do passeio foi tempo de jantarada e acreditem: por 10 € nunca comi prato principal que chegasse aos calcanhares daquelas entradas de morcela... Huuummmm!!!! A sobremesa já foi pior: O FranCHICO ESPERTO tentou mandar umas piadas no meio do discurso... Serão conselhos dos acessores de imagem? Não sabemos, mas fica o aviso: mantenha o tom de frade jesuita - é mais a sua onda.

De qualquer modo, termino depressa que o tempo é escasso e amanhã temos umas "performances" no jardim do Barreiro logo pelas 10h da matina. Aliás, plo que vi do programa da "longa marcha" BEs contra a precaridade, este e o próximo fim de semana serão passados entre feiras, mercados e empreendimentos do Bélmiro de Azevedo. Porquê do Bélmiro de Azevedo? Não sei... talvez por ser fácil, talvez porque o Bélmiro enganou a família Louçã há 30 anos ou talvez porque o Américo Amorim pague saborosas morcelas. Quem souber que o diga e quem está de fora que tire à sorte.

De qualquer modo, conheci o jovem deputado José Soeiro e, sobretudo, conheci as opiniões dos seus "camaradas".... mas amanhã conto mais!