terça-feira, 3 de abril de 2007

Rui Tavares: «Abram-me esses olhos»

  • «Comentando a visibilidade crescente da extrema-direita na sua coluna de sábado neste jornal, Pacheco Pereira sugere que ela é concomitante do politicamente correcto e da atitude geral da esquerda. Previsível: o discurso da "hipocrisia da esquerda" é o tema único dos nossos neoconservadores, que lhe atribuem tudo e a morte do Manolete. (...) As pessoas esquecem-se, mas desde o tempo das FP-25 - como o nome indica, uma excrescência do período pós-revolucionário - que há mais de vinte anos a violência política em Portugal veio sempre desta extrema-direita. (...) Mas quando eles vieram empunhar orgulhosamente as suas armas ilegais na TV, o mesmo Pacheco Pereira que vê sinais alarmantes em todo o lado minimizou o assunto para inventar fantasiosas equivalências com a esquerda. (...) A direita tem de cair na realidade actual e fazer, se for capaz, um discurso anti-racista para o seu próprio eleitorado. Quanto mais não seja porque são os vossos eleitores - actuais e futuros - que os racistas sonham roubar-vos.» (Rui Tavares no Público de hoje.)

1 comentário :

Anónimo disse...

Os Mários Machados que andam por aí são realmente perigosos. Mas como como os condutores alcoolizados ou outra coisa qualquer. São um arruaceiros com uma pseudo identidade, ligados às claques e a alguns movimentos de extrema-direita e bandas rock. Estão minimamente organizados e a PJ está a par dos movimentos.

Daí a termos um movimento neonazi organizado em Portugal vai alguma distância e nesse sentido dou alguma razão ao Pacheco Pereira. São só esses racistas tresmalhados e um punhado de fascistas/corporativistas que votam no PNR.