- «A longa noite polaca», por Boss, no Renas e Veados (sobre o resultado da eleição presidencial na Polónia, onde a vitória foi para um católico conservador; o artigo inclui um mapa dos resultados eleitorais que expõe uma fractura leste-oeste evidente).
- «Rankings», por Rui Pena Pires, no Canhoto (uma desmontagem muito oportuna da campanha a favor da escola privada que tem sido feita através das «seriações» de escolas no Público e no Expresso, e na qual pontificam ex-maoístas reciclados em conservadores como José Manuel Fernandes e João Carlos Espada).
- «Mais dois poemas de Camões traduzidos para caboverdeano (por José Luis Tavares)» no Blogue de Esquerda (II) (quem não acredita que leia: é mesmo Camões em caboverdeano, uma oportunidade única ou pelo menos rara!).
segunda-feira, 24 de outubro de 2005
Revista de blogues (24/10/2005)
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3 comentários :
Essa dos "rankings e da desmontagem muito oportuna da campanha a favor da escola privada" só se for para rir... O artigo diz banalidades, tenta destruir os resultados obtidos por uma escola (porque não é uma escola laica, republicana e com um leve toque marxista...)e não se preocupa minimamente em tentar perceber uma coisa que deveria ser o essencial: se a escola teve bons resultados o que é que podemos aprender com ela? Nada disso. Tipico do português que só vê aquilo que lhe interessa ver (ou seja, aquilo que se enquadra nas suas crenças sociais e políticas). O artigo produzido não é contra os "rankings", é contra o colégio que ficou em primeiro lugar (veja-se a ilustração sobre a "micro-escola"...
Cara «al»,
em primeiro lugar, não foi a escola que teve bons resultados, foram os alunos. Quem não compreende isso não compreende nada.
Em segundo lugar, a demagogia que se tem feito em torno dos «rankings» (é tão giro escrever em inglês) é absolutamente vergonhosa. A diferença essencial é que uma escola privada escolhe: a) os alunos que lá estudam; b) os que vão a exame. Só isso basta para distorcer qualquer comparação. Quem só olha para o que as suas crenças sociais e políticas permitem ver é quem se deixa condicionar pela propaganda a favor da escola privada. Ou então quer comparar os «resultados» dos alunos das universidades públicas e privadas? Olhe que pode ser interessante...
Em terceiro lugar indique-me qual é essa escola com um «toque marxista». Fiquei curioso...
Caro Ricardo
Claro que foram as alunas que tiveram bons resultados, mas deverá dar algum crédito à instituição que as preparou. O conhecimento académico não nasce de geração espontânea. Ou será que nasce?
Em segundo lugar, a afirmação de que as escolas privadas escolhem os alunos que lá estudam é verdade. Quanto aos alunos que vão a exame, é verdade quer para as privadas quer para as públicas (e no caso do Mira Rio foram todas, nenhuma foi excluída)! Não é algo que seja privilégio das privadas. No entanto, gostava de referir que nunca pus a questão como se se tratasse de uma luta entre públicas e privadas. Essa "guerra" foi criada por muita gente de esquerda que tem tiques de centralismo estatal. Porque a verdade é que há uma diferença entre criticar os rankings (o que até pode ser legítimo, pois eles são apenas um indicador) ou criticar a escola que ficou à frente nos rankings. Quando elogia o blog que ridiculariza a escola que ganhou, está a entrar pela segunda via de discussão. Quase parece que essa escola deveria pedir desculpa pelos resultados que obteve.
O problema aqui é a visão maniqueísta das coisas. Público ou privado! Branco ou preto! Em vez de boas ou más escolas. Muita gente de esquerda tem dificuldade em entender que há boas escolas privadas (porque entender isso é um crime que atenta contra princípios ideológicos dogmáticos) e que há más escolas públicas (pelos mesmos motivos). É ridículo que, porque as melhores escolas (segundo os critérios dos rankings) são privadas, se venha com a teoria da conspiração sobre estratégias para destruir o ensino público! Eu gostava de ver se fosse ao contrário. Se fossem escolas públicas a ocupar os primeiros lugares, será que o discurso das pessoas agora tão críticas seria o de que se estava a destruir o ensino privado? Acho que não. Acho que aí os rankings já serviriam para glorificar o ensino público. A verdade é que, neste momento, muitas escolas privadas têm um ensino muito melhor que o das escolas públicas. Por culpa de sucessivos Governos que tiraram aos professores toda a autoridade, que fizeram reformas atrás de reformas sem qualquer nexo, que produzem legislação que desmotiva cada vez mais os professores, que teimam em não dar estabilidade ao corpo docente....
A sua questão sobre as universidades públicas e privadas cai na mesma visão redutora. As universidades são boas ou más. Há excelentes universidades públicas e excelentes universidades privadas. O inverso também. Quanto à escola com toque marxista, foi uma metáfora. O que eu quero dizer é que muitos dos que criticam, não o fazem por causa dos rankings, mas por causa da ideologia da escola que ficou melhor classificada. Se fosse uma escola conotada com ideologias de esquerda, tinhamos em muitos dos actuais críticos, gente que aplaudiria o feito! Já agora, não é "uma", mas "um" AL)
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