«"O objectivo da nossa candidatura é passar à segunda volta das eleições presidenciais e depois vencer essa segunda volta", sublinhou o vice-presidente da Assembleia da República. As declarações de Manuel Alegre foram proferidas no final da primeira reunião da sua Comissão Política, que demorou cerca de quatro horas.
(...)
"A nossa candidatura cumpriu já de forma positiva o teste de cidadania. Assenta no voluntariado e não depende de quaisquer aparelhos partidários ou grupos de interesses", sustentou, dizendo que na Comissão Política da sua candidatura "estão pessoas com percursos diferentes e provenientes de diferentes regiões".
"Esta candidatura fez já que muita gente voltasse a reencontrar o prazer da política. O nosso objectivo é servir Portugal e servir a Pátria - palavra que deve ser reaprendida a dizer com orgulho", afirmou.»
A candidatura de Manuel Alegre tem vários aspectos positivos. Primeiro, ser uma candidatura que, quer se queira quer não, se afirma contra a vontade de todos os partidos (grandes, médios e pequenos). Segundo, poder ser a primeira expressão organizada de uma social-democracia radicalizada, genuinamente de esquerda, desde a candidatura de Salgado Zenha, há já vinte anos. Terceiro, saber recuperar um saudável sentido patriótico num momento em que os vagos sonhos europeístas só servem (conscientemente ou não) o «grande capital», o qual é, sejamos realistas, mais verdadeiramente transnacional do que qualquer proletariado. A candidatura de Manuel Alegre é portanto uma oportunidade de abrir espaço para uma esquerda que não se reveja nem no blairismo do PS, nem no estalinismo do PCP, nem no pós-modernismo do BE. Mas só vale realmente a pena se for para eleger Manuel Alegre presidente da República. Estamos todos fartos de eleições presidenciais que são meras contagens de espingardas para avaliar o peso de facções...
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"A nossa candidatura cumpriu já de forma positiva o teste de cidadania. Assenta no voluntariado e não depende de quaisquer aparelhos partidários ou grupos de interesses", sustentou, dizendo que na Comissão Política da sua candidatura "estão pessoas com percursos diferentes e provenientes de diferentes regiões".
"Esta candidatura fez já que muita gente voltasse a reencontrar o prazer da política. O nosso objectivo é servir Portugal e servir a Pátria - palavra que deve ser reaprendida a dizer com orgulho", afirmou.»
A candidatura de Manuel Alegre tem vários aspectos positivos. Primeiro, ser uma candidatura que, quer se queira quer não, se afirma contra a vontade de todos os partidos (grandes, médios e pequenos). Segundo, poder ser a primeira expressão organizada de uma social-democracia radicalizada, genuinamente de esquerda, desde a candidatura de Salgado Zenha, há já vinte anos. Terceiro, saber recuperar um saudável sentido patriótico num momento em que os vagos sonhos europeístas só servem (conscientemente ou não) o «grande capital», o qual é, sejamos realistas, mais verdadeiramente transnacional do que qualquer proletariado. A candidatura de Manuel Alegre é portanto uma oportunidade de abrir espaço para uma esquerda que não se reveja nem no blairismo do PS, nem no estalinismo do PCP, nem no pós-modernismo do BE. Mas só vale realmente a pena se for para eleger Manuel Alegre presidente da República. Estamos todos fartos de eleições presidenciais que são meras contagens de espingardas para avaliar o peso de facções...
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4 comentários :
"saber recuperar um saudável sentido patriótico num momento em que os vagos sonhos europeístas só servem (conscientemente ou não) o «grande capital»..."
E justamente por isto que eu nao voto no Manuel Alegre, pelo menos na primeira volta. E um tipo profundamente conservador na sua visao do mundo. Defende as touradas...
ja agora, como comentas os privilegios que ele defende para a familia real? Sabes que ele defende que os Braganca deveriam ser sempre convidados para cerimonias de Estado? Falo a serio. Investiga.
Filipe,
não me dás novidade alguma. Lembro-me perfeitamente que Manuel Alegre defendeu há poucos anos que a família Begaganza tivesse um lugar no protocolo de Estado. Achei e acho vergonhoso que o tenha defendido. (Já as touradas, não me aquece nem me arrefece que ele as defenda...)
Apesar disso, a candidatura de Manuel Alegre traz muito mais ar fresco à política portuguesa do que qualquer outra. Desde logo, por não depender de nenhum partido...
Caro Ricardo Alves
Quando me pedem para me definir, politicamente, não encontro melhor que "abstencionista militante".
Assim, mais uma vez, me irei abster nas próximas eleições presidenciais.
No entanto tenho a esperança que seja possível derrotar Cavaco Silva, apesar de não haver qualquer candidato credível à "esquerda".
Alegre não é opção por ser conservador, amigo de touradas, caça, monarquias.
Alegre não é de esquerda, limita-se a ser uma personagem arrogante e vaidosa, pelo simples facto de saber fazer algo bem feito, escrever poesia.
Não simpatizo com Soares (apesar de ter sido o beneficiário do meu voto, a última vez que votei.
Mas Alegre não é alternativa e, mais uma vez, a esquerda não tem candidato.
AMNM
AM,
Alegre não é perfeito. Mas é o melhor candidato em muitos, muitos anos. (E não me fale de caça e touradas. Eu quero lá saber dos «direitos» dos animais não humanos...)
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