Marcelo Rebelo de Sousa tem um currículo pesado como activista clerical: no vídeo acima, defende a censura de uma rábula inócua sobre o cristianismo, em 1996 (Marcelo n´est pas Charlie); a ele (e a Guterres) se deve o primeiro referendo sobre a IVG, em 1998, inaugurando de forma torta os referendos com uma questão de liberdade individual; a ele se deve uma parte (fundamentalista e ridícula) da campanha do segundo referendo, em 2006; manifestou-se ao lado do PNR contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, incluindo a adopção; já nesta campanha, manifestou-se contra o direito à morte assistida, uma questão que certamente será discutida no mandato do próximo Presidente da República, assim como serão novamente legislados os subsídios às escolas católicas. Ah, e é presidente do Conselho de Administração de uma fundação monárquica.
Se for eleito no domingo, terá que jurar a Constituição, incluindo a separação entre o Estado e as igrejas (plural), a não confessionalidade do ensino e a igualdade dos cidadãos independentemente da religião ou ausência dela. Fá-lo-à sem reserva mental? Duvido. E isso bastaria para não votar nele.
Um candidato a Presidente que escolheu ter a coluna torta.
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