É um dia histórico, embora com tons negros: na sequência das confissões em tribunal do ex-director operacional do SIED («sim, é normal cometermos crimes de escutas telefónicas ilegais»), a procuradora Teresa Almeida encaminhou para o Ministério Público as declarações. A nova PIDE portuguesa (SIS/SIED) pode portanto vir a ser investigada pelos tribunais.
Os tons negros justificam-se, porque pelo menos um deputado português não parece ter contradito em tribunal a ocultação dos crimes de que tomara conhecimento enquanto membro do Conselho de pseudo-Fiscalização. Um dos membros desse Conselho que supostamente deveria defender a nossa privacidade disse com todas as letras, e em tribunal: «nunca dizíamos que não havia ilegalidades; dizíamos que não as encontrávamos». Temos portanto um Conselho eleito pela Assembleia da República para defender a nossa liberdade e que nas palavras de um dos seus membros protege a ilegalidade e o crime.
Em pleno século 21, a República portuguesa recrutou para o funcionalismo público uma quadrilha de de perversos dedicados a espiar ilegalmente a vida privada do cidadão comum, deu-lhes meios, regalias e salários chorudos. Há anos que neste blogue se denuncia o escândalo. O resto da blogofera, as redes sociais e, sobretudo, os fazedores de opinião, ignoraram o assunto. Esperemos que o Ministério Público não falhe e que, no final, condene os deputados da Assembleia da República coniventes com estes crimes.
Em pleno século 21, a República portuguesa recrutou para o funcionalismo público uma quadrilha de de perversos dedicados a espiar ilegalmente a vida privada do cidadão comum, deu-lhes meios, regalias e salários chorudos. Há anos que neste blogue se denuncia o escândalo. O resto da blogofera, as redes sociais e, sobretudo, os fazedores de opinião, ignoraram o assunto. Esperemos que o Ministério Público não falhe e que, no final, condene os deputados da Assembleia da República coniventes com estes crimes.
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