«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Começam hoje as reuniões do Supremo Tribunal para discutir a ilegalização do partido islamista AKP que detém o poder com maioria desde 2002 e tem tentado, por todos os meios disponíveis, destruir o estado laico.
Como se a república kemalista fosse um bom exemplo para os democratas. É claro que não existe qualquer Estado confessional que se adeque à minha condição de não-crente, mas uma "chapelada" destas remete-nos directamente para os tempos dos costas e bernardinos!
A República kemalista é o único Estado de população maioritariamente muçulmana que se aproxima de ser uma democracia. Tal só foi possível justamente porque Kemal Ataturk começou por elaborar um código civil laico e separar o Estado da mesquita. É um exemplo que, apesar de todos os seus problemas e insuficiências, merece respeito. A luta actual entre o poder judicial (laico), e o poder político (dominado por islamitas), é a luta de sempre do indivíduo contra a maioria. E entre o forte e o fraco, é a Lei que liberta...
Evidentemente, a comparação é correcta. O Afonso Costa e o Bernardino Machado também fizeram avançar a liberdade dos indivíduos de divergirem da maioria.
O Ricardo Alves fica-se pelo "correctês" da História contada. O que me interessa é o resultado prático das "boas intenções": 48 anos de ditadura, liquidação da normalidade da vida constitucional/parlamentar, etc. O Costa e o Bernardino não são bons exemplos para ninguém. especialmente para os próprios republicanos. Dê uma vista de olhos no João Chagas e no Relvas. Elucidativo...
Ó Nuni, eu já li o Relvas há muito. Leia mais qualquer coisa, vocês parece que só lêem o VPV, o Rui Ramos e, de republicanos, o Relvas e o Chagas. Tente a História da República do Raul Rego ou os livros do Arnaldo Madureira. Ah, e se amanhã esta democracia cair com um golpe de Estado e ficarmos com uma ditadura que dure 48 anos, isso será suficiente para fazer um juízo sobre o regime actual? Esse argumento é muito pobre...
O EsquerdaRepublicana é um blogue à esquerda, independente dos partidos mas não de valores e causas, republicano, laicista, democrata e plural. Foi fundado em Março de 2005.
5 comentários :
Como se a república kemalista fosse um bom exemplo para os democratas. É claro que não existe qualquer Estado confessional que se adeque à minha condição de não-crente, mas uma "chapelada" destas remete-nos directamente para os tempos dos costas e bernardinos!
A República kemalista é o único Estado de população maioritariamente muçulmana que se aproxima de ser uma democracia. Tal só foi possível justamente porque Kemal Ataturk começou por elaborar um código civil laico e separar o Estado da mesquita. É um exemplo que, apesar de todos os seus problemas e insuficiências, merece respeito.
A luta actual entre o poder judicial (laico), e o poder político (dominado por islamitas), é a luta de sempre do indivíduo contra a maioria. E entre o forte e o fraco, é a Lei que liberta...
Evidentemente, a comparação é correcta. O Afonso Costa e o Bernardino Machado também fizeram avançar a liberdade dos indivíduos de divergirem da maioria.
O Ricardo Alves fica-se pelo "correctês" da História contada. O que me interessa é o resultado prático das "boas intenções": 48 anos de ditadura, liquidação da normalidade da vida constitucional/parlamentar, etc. O Costa e o Bernardino não são bons exemplos para ninguém. especialmente para os próprios republicanos. Dê uma vista de olhos no João Chagas e no Relvas. Elucidativo...
Ó Nuni, eu já li o Relvas há muito. Leia mais qualquer coisa, vocês parece que só lêem o VPV, o Rui Ramos e, de republicanos, o Relvas e o Chagas. Tente a História da República do Raul Rego ou os livros do Arnaldo Madureira.
Ah, e se amanhã esta democracia cair com um golpe de Estado e ficarmos com uma ditadura que dure 48 anos, isso será suficiente para fazer um juízo sobre o regime actual? Esse argumento é muito pobre...
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