sábado, 31 de maio de 2008

Educação

O resultado de 30 anos de desinvestimento no sector do ensino em Inglaterra é o que seria de esperar.

A situação é curiosa, porque agora é a própria direita que gostava que todos os ingleses nativos - por oposição aos imigrantes - estivessem em oposição de mandar, organizar, enfim, salvar o que eles acham que é a cultura genuinamente inglesa (e que em meu entender tem características excelentes, juntamente com os chauvinismos e os paroquialismos com que nós todos gostamos de gozar).

O mundo é assim. Os ricos não sabem o que querem e estão-se sempre a meter em aldrabices e esquemas cujo intuito é acumular riqueza. Depois, quando a estupidez e a ganância geram guerras, fomes, tumultos e poluição, arranjam propagandistas para nos dizerem que está tudo bem, nas rádios, televisões e revistas deles.

Só que agora começa a ser difícil 'fazerem a realidade' em que vivem. Os intelectuais TODOS do mundo avisaram, há 30 anos, que o neoliberalismo era uma doutrina criminosa e que um mundo sem classe média não tinha viabilidade. Chamaram-lhes neuróticos depressivos (por exemplo no Economist, todas as semanas) e 'explicaram-lhes' que o 'crescimento económico' era a única coisa que interessava porque depois, quando o planeta fosse riquíssimo, o dinheiro (essa abstração contabilística que são as somas dos cash-flows todos, das empresas todas, até daqui a 1000 anos, estimados hoje) dava para resolver os problemas todos.

E agora? Culpar os imigrantes e os muçulmanos não vai resolver o problema...

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