O discurso de quem se refere à classe política como "eles", como se "eles" não fossem cidadãos como o "povo", presta-se a todos os populismos. Parece que o que é válido para "eles" não é válido para "nós", que somos "nós", e não "eles". Confusos? Clarifiquemos com um excelente exemplo, uma frase exemplar de uma notável entrevista a uma personagem extraordinária:
"Salário de eurodeputado é vergonhoso, mas sou pobre, preciso do dinheiro!"
Não perceberam? É vergonhoso para "eles"! Ricos são "eles", "nós" somos pobres, e o Marinho até é um dos "nossos", pá! (E uma caraterística dos "nossos" é não terem mesmo vergonha nenhuma.)
Este discurso costuma eleger autarcas. Recentemente valeu dois deputados ao parlamento europeu. Chegará um dia ao parlamento nacional e até ao Palácio de Belém? Se depender do Marinho, sim. Ele está pronto para tudo.
"Salário de eurodeputado é vergonhoso, mas sou pobre, preciso do dinheiro!"
Não perceberam? É vergonhoso para "eles"! Ricos são "eles", "nós" somos pobres, e o Marinho até é um dos "nossos", pá! (E uma caraterística dos "nossos" é não terem mesmo vergonha nenhuma.)
Este discurso costuma eleger autarcas. Recentemente valeu dois deputados ao parlamento europeu. Chegará um dia ao parlamento nacional e até ao Palácio de Belém? Se depender do Marinho, sim. Ele está pronto para tudo.
1 comentário :
Não digam muito mal do homem pq ele já anunciou a candidatura (sic) a 1º ministro, ele que nem aquece(u) o lugar no parlamento europeu.
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