«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Creio que falta contar a história toda. Os Israelitas tiveram uma lata descarada, imprecedente na sua provocação, de criar colonatos ilegais precisamente quando Biden veio visitar Israel, quando a posição dos EUA é que Israel deveria abandonar os seus colonatos ilegais e não criar novos.
Todos sabem, incluindo os Israelitas, que a data não foi coincidência. O governo Israelita basicamente deu uma bofetada a Biden em público. Não é senão normal que os israelitas estejam contra, e que o governo aericano reaja, nem que seja para não ficar mal na fotografia. A ofensa foi simbólica, e a resposta é simbólica, e obviamente justa.
Mas aqui Obama foi diferente na medida em que, mal ou bem, não inspirou tanto respeito e temor por parte do governo israelita. A resposta que ele está a dar é quase o mínimo para não perder a face.
A primeira coisa que Obama fez quando se apanhou presidente foi vetar uma data de vendas de armas aprovadas durante a administracao Bush e o odio da extrema-direita israelita e o lobbying violentissimo a que foi sujeito para nao nomear Hilary Clinton nao o moveu um milimetro. E verdade que o chefe de gabinete dele e um israelita (do centro), mas essa foi a solucao possivel num pais como os EUA, onde a maioria esta disposta a destruir o planeta antes abandonar Israel.
Obama opõe-se à irresponsabilidade e fundamentalismo religioso de Israel,...dentro do possível! Isto num país onde mais de 90% da economia, das universidades, da imprensa, e da justiça está nas mãos dos judeus e dos seus lobis... Daí o facto de Israel ser há décadas um estado fora da lei, e nada lhe acontecer. O que seria se outro qualquer governo praticasse o apartheid, os cortes de água, os acessos aos hospitais, bombardeasse com bombas de fósforo as suas populações e expulsásse milhões de habitantes para além das suas fronteiras e ocupasse os territórios com novos colonos vindos de outros países? Se "apenas" cortasse a água e os medicamentos a milhões de outros? Se mandasse matar cirugicamente todos os que se lhes opõem? Se mantivesse centenas de milhares em prisões sem direito a um julgamento digno desse nome? E que dizer de um estado que possui um arsenal atómico e que afirma que o utilizará sempre que necessário? E se tudo isto se passasse por exemplo num Zimbabbwé, na Venezuela ou em Cuba? Quantas invasões já se teriam realizado em nome da liberdade e dos direitos humanos ou da existência de armas de destruição massiva? Obama que se cuide!!! não vá aparecer um dia destes um "louco" com atestado passado, e que o liquide como já fizeram até a 1ºs ministros de Israel!
O Obama quando chegou ao poder fez muitas coisas excelentes.
Na altura ele ainda ia fazer uam reforma de saúde que era indiscutivelment melhor que a solução actual, e ia fazer uma reforma financeira que tivesse alguma possibilidade de evitar a repetição do que aconteceu em ainda maior escala. Ia realmente retirar do Iraque, e reforçar o Afeganistão mas com muito menos tropas do que aquelas que saíssem do Iraque (poupando em defesa), ia fechar Guantanamo em um ano, e julgar os criminosos em tribunais civís. Ia haver mudança a sério.
Em muitas destas coisas a mudança é muito pequenina, quase irrelevante no sentido de melhorar. Noutros, por incrível que pareça, é no sentido de piorar (mais tropas fora dos EUA somando Iraque com Afeganistão; menos julgamentos em tribunais civís que a administração Bush (!!!!) apesar das críticas republicanas que nos fariam suspeitar do oposto, mandato universal para dar mais dinheiro às seguradoras, sem sequer uma opção pública, ataque constante, por parte da casa branca, aos senadores e congressistas mais progressistas, e defesa dos que se vendem aos interesses económicos).
Obama é uma desilusão tão tremenda que eu até me pergunto se não está mesmo sobre ameaça de morte, ele ou as filhas. Porque nem sequer razões políticas explicam a fraqueza da sua liderança. Perde votos de pessoas tendencialmente conservadoras por parecer um líder tão fraco, e perde votos de pessoas tendencialmente liberais por ter políticas tão contrárias a tudo o que prometeu.
Ah! E num país em que o défice é um problema tal que se estão a cortar nas parcas despesas sociais, Obama decide cumprir os tratados internacionais de desarmamento nuclear a que está obrigado, o que acho óptimo. O pior é que para os EUA não ficarem muito pouco defendidos, estão a ser compradas novas armas nucleares. Não se corta em nenhuma despesa militar, nem no que diz respeito a diferentes formas de fazer as armas chegarem aos seus alvos, nem no que diz respeito a nada. Mas o ridículo de se gastar dinheiro a comprar armas atómicas enquanto se gasta dinheiro a desmentelar outras que ainda estão operacionais, apenas para os mesmos de sempre ficarem a ganhar dinheiro, enquanto se cortam nas despesas sociais, é algo que nem sequer ao Sócrates seria admitido. É um ridículo sem explicação.
Correcao: os judeus nao controlam absolutamente nada. Os EUA defendem Israel com o mesmo fanatismo maniqueista com que defenderam a Africa do Sul ate ao fim. Esta ideia dos judeus controlarem a economia e um mito dos anos 30, injusto e perigoso.
Obama não está semre do lado certo, porque tem seguido as politicas de Bush, ameaçando alguns Países Democráticos como a Venezuela, Cuba, a Coreia do Norte e o Irão.
É como os anteriores Presidentes Americanos: uma decepção.
Pelo menos Cuba e a Coreia do Norte são Democracias. O nosso Camarada Bernardino Soares afirmou que sim. São Republicas de Esquerda, criadas na sequência de revoltas que permitiram a emancipação do Povo contra o fascimo da Europa e dos EUA.
«O nosso Camarada Bernardino Soares afirmou que sim. São Republicas de Esquerda, criadas na sequência de revoltas que permitiram a emancipação do Povo contra o fascimo da Europa e dos EUA.»
Isso não parece genuíno. Acho que está a fazer-se passar por aquilo que não é.
O EsquerdaRepublicana é um blogue à esquerda, independente dos partidos mas não de valores e causas, republicano, laicista, democrata e plural. Foi fundado em Março de 2005.
12 comentários :
Filipe:
Creio que falta contar a história toda. Os Israelitas tiveram uma lata descarada, imprecedente na sua provocação, de criar colonatos ilegais precisamente quando Biden veio visitar Israel, quando a posição dos EUA é que Israel deveria abandonar os seus colonatos ilegais e não criar novos.
Todos sabem, incluindo os Israelitas, que a data não foi coincidência. O governo Israelita basicamente deu uma bofetada a Biden em público. Não é senão normal que os israelitas estejam contra, e que o governo aericano reaja, nem que seja para não ficar mal na fotografia. A ofensa foi simbólica, e a resposta é simbólica, e obviamente justa.
Mas aqui Obama foi diferente na medida em que, mal ou bem, não inspirou tanto respeito e temor por parte do governo israelita. A resposta que ele está a dar é quase o mínimo para não perder a face.
A primeira coisa que Obama fez quando se apanhou presidente foi vetar uma data de vendas de armas aprovadas durante a administracao Bush e o odio da extrema-direita israelita e o lobbying violentissimo a que foi sujeito para nao nomear Hilary Clinton nao o moveu um milimetro. E verdade que o chefe de gabinete dele e um israelita (do centro), mas essa foi a solucao possivel num pais como os EUA, onde a maioria esta disposta a destruir o planeta antes abandonar Israel.
Obama opõe-se à irresponsabilidade e fundamentalismo religioso de Israel,...dentro do possível!
Isto num país onde mais de 90% da economia, das universidades, da imprensa, e da justiça está nas mãos dos judeus e dos seus lobis...
Daí o facto de Israel ser há décadas um estado fora da lei, e nada lhe acontecer.
O que seria se outro qualquer governo praticasse o apartheid, os cortes de água, os acessos aos hospitais, bombardeasse com bombas de fósforo as suas populações e expulsásse milhões de habitantes para além das suas fronteiras e ocupasse os territórios com novos colonos vindos de outros países?
Se "apenas" cortasse a água e os medicamentos a milhões de outros?
Se mandasse matar cirugicamente todos os que se lhes opõem? Se mantivesse centenas de milhares em prisões sem direito a um julgamento digno desse nome?
E que dizer de um estado que possui um arsenal atómico e que afirma que o utilizará sempre que necessário?
E se tudo isto se passasse por exemplo num Zimbabbwé, na Venezuela ou em Cuba? Quantas invasões já se teriam realizado em nome da liberdade e dos direitos humanos ou da existência de armas de destruição massiva?
Obama que se cuide!!! não vá aparecer um dia destes um "louco" com atestado passado, e que o liquide como já fizeram até a 1ºs ministros de Israel!
O Obama quando chegou ao poder fez muitas coisas excelentes.
Na altura ele ainda ia fazer uam reforma de saúde que era indiscutivelment melhor que a solução actual, e ia fazer uma reforma financeira que tivesse alguma possibilidade de evitar a repetição do que aconteceu em ainda maior escala. Ia realmente retirar do Iraque, e reforçar o Afeganistão mas com muito menos tropas do que aquelas que saíssem do Iraque (poupando em defesa), ia fechar Guantanamo em um ano, e julgar os criminosos em tribunais civís. Ia haver mudança a sério.
Em muitas destas coisas a mudança é muito pequenina, quase irrelevante no sentido de melhorar. Noutros, por incrível que pareça, é no sentido de piorar (mais tropas fora dos EUA somando Iraque com Afeganistão; menos julgamentos em tribunais civís que a administração Bush (!!!!) apesar das críticas republicanas que nos fariam suspeitar do oposto, mandato universal para dar mais dinheiro às seguradoras, sem sequer uma opção pública, ataque constante, por parte da casa branca, aos senadores e congressistas mais progressistas, e defesa dos que se vendem aos interesses económicos).
Obama é uma desilusão tão tremenda que eu até me pergunto se não está mesmo sobre ameaça de morte, ele ou as filhas.
Porque nem sequer razões políticas explicam a fraqueza da sua liderança. Perde votos de pessoas tendencialmente conservadoras por parecer um líder tão fraco, e perde votos de pessoas tendencialmente liberais por ter políticas tão contrárias a tudo o que prometeu.
Ah! E num país em que o défice é um problema tal que se estão a cortar nas parcas despesas sociais, Obama decide cumprir os tratados internacionais de desarmamento nuclear a que está obrigado, o que acho óptimo. O pior é que para os EUA não ficarem muito pouco defendidos, estão a ser compradas novas armas nucleares. Não se corta em nenhuma despesa militar, nem no que diz respeito a diferentes formas de fazer as armas chegarem aos seus alvos, nem no que diz respeito a nada. Mas o ridículo de se gastar dinheiro a comprar armas atómicas enquanto se gasta dinheiro a desmentelar outras que ainda estão operacionais, apenas para os mesmos de sempre ficarem a ganhar dinheiro, enquanto se cortam nas despesas sociais, é algo que nem sequer ao Sócrates seria admitido. É um ridículo sem explicação.
Correcao: os judeus nao controlam absolutamente nada. Os EUA defendem Israel com o mesmo fanatismo maniqueista com que defenderam a Africa do Sul ate ao fim. Esta ideia dos judeus controlarem a economia e um mito dos anos 30, injusto e perigoso.
Obama não está semre do lado certo, porque tem seguido as politicas de Bush, ameaçando alguns Países Democráticos como a Venezuela, Cuba, a Coreia do Norte e o Irão.
É como os anteriores Presidentes Americanos: uma decepção.
Cuba, Coreia do Norte e Irão? :o)
«Cuba, Coreia do Norte e Irão?»
São os «países democráticos» do anónimo. ;)
Pelo menos Cuba e a Coreia do Norte são Democracias. O nosso Camarada Bernardino Soares afirmou que sim. São Republicas de Esquerda, criadas na sequência de revoltas que permitiram a emancipação do Povo contra o fascimo da Europa e dos EUA.
anónimo nem cuba nem a coreia do norte, nem bernardino soares são democráticos
«O nosso Camarada Bernardino Soares afirmou que sim. São Republicas de Esquerda, criadas na sequência de revoltas que permitiram a emancipação do Povo contra o fascimo da Europa e dos EUA.»
Isso não parece genuíno. Acho que está a fazer-se passar por aquilo que não é.
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