sexta-feira, 2 de maio de 2008

Parlamento democrático homenageia fascista

  • «O Parlamento aprovou hoje um voto de pesar pela morte do Cónego Melo, com os votos favoráveis do CDS-PP e do PSD, a abstenção da maioria dos deputados socialistas e o voto contra do PCP, BE e PEV. Apesar da abstenção do grupo parlamentar socialista, as deputadas Matilde Sousa Franco, Rosário Carneiro, Teresa Venda e o deputado Ricardo Gonçalves não acompanharam o sentido de voto da bancada, tendo votado favoravelmente o voto de pesar apresentado pelo CDS-PP. No final da leitura do voto, e no momento imediatamente anterior a ser feito um minuto de silêncio, muitos deputados socialistas, como Vitalino Canas, Manuel Alegre, João Soares ou Vítor Ramalho, saíram da sala do plenário da Assembleia da República. Todos os deputados do BE abandonaram igualmente o plenário, tal como alguns deputados do PSD, como Emídio Guerreiro e Miguel Macedo, não tendo, assim, participado no minuto de silêncio.» (Sol)
Registe-se que no PS há socialistas de esquerda que tiveram a atitude digna de abandonar a sala, e simultaneamente uma ala clerical que votou a favor da homenagem ao Bin Laden português. Quanto ao resto do Parlamento, não houve surpresas. Nem no PCP, que não abandonou a sala na homenagem a um dos homens que lhe terá mandado destruir as sedes do Norte, nem no CDS que enaltece o crime e o terrorismo, nem no PSD, em que apenas uma pequeníssima minoria saiu da sala.

8 comentários :

Anónimo disse...

A questão está para lá só do fascismo.

Este homem incentivou atentados bombistas.

Nunca mas nunca, em tempo algum se glorifica, numa situação destas quem incentiva a isso.
Seja de que área política for.

Pedro Fontela disse...

Existe uma esquerda no PS? Cá para mim o Ricardo é um brincalhão :)

Filipe Castro disse...

Acho que a história do cónego Melo e dos neo-fascistas do PP e do PPD é que é o tal "amor cristão" de que eles falam, não é?

Anónimo disse...

Calculo que os senhores esquerdistas não se opusessem a um momento de silêncio pelo Otelo..
Que, obviamente, não é um terrorista, nem nunca pôs bombas, nem esteve na organização que matou inúmeras pessoas nos anos 70 e 80, para conseguir a democracia que os senhores esquerdistas defendem no pós-25 de Abril

Ricardo Alves disse...

O Otelo ajudou a derrubar uma ditadura. O sacerdote Melo tentou desestabilizar a democracia. E conseguiu-o em parte, infelizmente.

Nuno disse...

O PS e o PCP deviam ter votado contra e não se deviam ter abstido. Vergonha na cara é que não têm! A iniciativa do CDS demonstra a demagogia e o populismo a que o partido do táxi chegou! Chegam a ser ridiculos e risiveis! Andam positivamente a reboque das noticias da comunicação social!
A argumentação do anónimo direitista é típica de um spin doctor. Não nega os crimes e tenta desconversar chamando o Otelo para a discussão! Igualmente ridiculo!

Anónimo disse...

O Otelo ajudou a derrubar uma ditadura? Só se fosse aquela que os comunas queriam instituir no PREC.

Ricardo Alves disse...

OK, o Otelo combateu duas ditaduras. Uma real e outra virtual.