Assinei a petição «Apelo à Convergência da Esquerda nas eleições para Lisboa». Tenho uma queda para o frentismo de esquerda e irrita-me o sectarismo de várias origens.
Sobre uma guerra extremamente perigosa
Há 17 horas
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
6 comentários :
acho péssimo para a esquerda. para além das diferenças ideológicas dos partidos, esta iniciativa só mostra o receio da esquerda pelo santana lopes.
acho que é um sinal de fraqueza desnecessário, pois não o estou a ver a ganhar.
A coligação de direita (PSD/CDS/PPM/MPT) é um sinal de fraqueza da direita? E de medo de António Costa?
"A coligação de direita (PSD/CDS/PPM/MPT) é um sinal de fraqueza da direita? E de medo de António Costa?"
sinceramente, acho que não. penso que resulta apenas da falta de figuras carismáticas e influentes desses partidos mais pequenos que não estejam comprometidos com outros deveres (e não esquecer que o cds nem um vereador elegeu nas últimas autárquicas). para além disso poucas são as diferenças ideológicas entre eles.
o be, por exemplo, tem muita força em lisboa e muitos candidatos que apelariam aos lisboetas, pelo que acho que só teria a perder ao transformar a campanha numa luta esquerda/direita. especialmente com estas sondagens. a cdu, apesar de um mais fraco apoio em lisboa, também perderia, também resultado das sondagens.
o único partido que ganha com essa coligação é o ps.
de qualquer forma ainda temos as europeias e as autárquicas pela frente, pelo que o jogo político ainda vai mudar bastante.
faz sentido quem não vota para a CML assinar?
Sim, Ricardo.
o frentismo esquerdista, por muito simpática que seja a ideia, é neste momento uma utopia.
Independentemente das intenções sinceras de alguns simpatizantes avulsos, para o pc e o bloco, o ps é neste momento o "inimigo principal".
E faz sentido. Só por uma questão de inércia histórica se pode hoje em dia admitir sequer a ideia da frente. A não ser em circunstâncias extraordinárias não faz sentido a unidade entre um partido democrático que tem desempenhado um papel fundamental na construção europeia e um partido anti europeista onde existem dúvidas sobre a natureza da coreia do norte e que não concebe convergências em que não tenha um papel hegemónico. O bloco, pelo seu lado, mais propenso a "unidades" com o PC, é um partido que evoluiu da extrema esquerda para uma espécie de "social democracia" virtuosa sem nunca ter clarificado a sua evolução ideológica, e que se arrisca a desagregar-se logo que ponha um pé no poder (veja-se a forma como lidou com Sá Fernandes). por muito absurdo que pareça, santana tem hipóteses de ganhar.
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