quinta-feira, 13 de julho de 2006

Com certeza

Só é pena não se alargar já para os quatro meses, com carácter de obrigatoriedade (medida que provavelmente resolveria as desigualdades remuneratórias mulheres-homens mais rapidamente do que qualquer «lei de quotas» em listas eleitorais).

11 comentários :

Anónimo disse...

Sugiro que se aumente para 6 meses o período de maternidade e paternidade, a cumprir obrigatoriamente pelo pai e pela mãe, 3 meses cada. Se calhar nem eram precisas quotas.

Marco Oliveira disse...

Eu não aguentava 4 meses...
Mas a minha mulher ia adorar 6, 8 ou 12 meses.

Ricardo Alves disse...

A Sofia tem razão, Marco. Seria um «sacrifício» a fazermos para que as mulheres não fossem discriminadas no mercado laboral. Achas que te custaria assim tanto?

Anónimo disse...

E aqueles que, como eu, escolhem não ter filhos, pagam os filhos dos outros. Deve ser isto que se designa por "justiça social".

no name disse...

"justiça social" é o facto que irão ser os filhos dos outros a pagar a segurança social do cmf!

Anónimo disse...

""justiça social" é o facto que irão ser os filhos dos outros a pagar a segurança social do cmf!"

Bem visto, caroRicardo...mas esperemos que isto continue a ser possível durante muito tempo...

Anónimo disse...

""justiça social" é o facto que irão ser os filhos dos outros a pagar a segurança social do cmf!"
Hum, mas eu pensava que quando nos vinham aos bolsos, estavam a ser bonzinhos e a garantir a minha reforma, com o meu dinheiro. Afinal não? Então alguém vai pagá-la? Pois. Então eu gostava de saber onde está o dinheiro que fui obrigado a deixar numa coisa chamada Caixa Geral de Aposentações durante quatro anos, por exemplo!
Isso de uns pagarem a Segurança Social dos outros só diz uma coisa: o sistema não funciona (para além do facto de ser injusto; ah, e uns senhores de uma empresa chamada Afinsa foram presos por coisa semelhante). Deixem ficar o dinheiro na minha conta, eu sei o que fazer com ele! Não preciso dos filhos de ninguém.

Ricardo Alves disse...

CMF,
não se trata de «pagar os filhos dos outros». Quem paga a maior parte das despesas respeitantes aos filhos são os próprios pais (excepcionando ridicularias como o «abono de família»).
A questão que estás a colocar aqui é se o Estado (ou os privados) deve salariar as pessoas enquanto estão de licença de maternidade/paternidade. Se achas que não, que alternativa defendes? Possibilidade de despedimento imediato para as mulheres que engravidam? Licenças sem vencimento para quem quiser cuidar das crianças durante a primeira semana de vida ou, horror dos horrores, primeiro mês?
Já houve uma época, não muito distante, em que as mulheres iam trabalhar quando saíam da maternidade. A taxa de mortalidade infantil, como é óbvio, era muito maior.

no name disse...

caro cmf,

claro que é impossível garantir a reforma apenas através de um desconto salarial simples: é que existe uma fenómeno, chamado de inflação, que não permite que isso aconteça, assim, sem mais nada. os descontos servem para pagar as reformas de quem as necessita no instante do desconto. não tem nada a ver com o sistema não funcionar, tem simplesmente a ver com a forma como o sistema é suposto funcionar! é exactamente o oposto!

numa população de número fixo (mortalidade = nascimentos) o sistema funciona sem problemas, e é justo. numa população em crescimento, o sistema gera surplus que poderá contribuir para melhorias do próprio sistema. numa população em contracção ---e desde que essa contracção não seja súbita ou exponencial--- são necessárias correcções ao sistema, na forma de investimento (necessáriamente, investimento de risco, por forma a tentar contrabalançar a taxa de inflação).

o problema de cada um decidir gerir a sua reforma é agora óbvio: em primeiro lugar, isso implica que se recorra apenas a investimentos de risco, que tentam contrabalançar a inflação. ora isso cria a possibilidade de se chegar à idade da reforma com uma quantidade de dinheiro = zero. penso que isso não seria muito agradável: a quem iria pedir dinheiro? aos filhos dos outros? em segundo lugar esse sistema é gravemente injusto: quem tem mais dinheiro pode tentar gerir uma melhor reforma, quem tem menos dinheiro, se calhar nem pode por de parte algo que garanta qualquer tipo de reforma! onde fica a redestribuição da riqueza?

em suma, sim, são os filhos dos outros que lhe pagarão a reforma. mas não se preocupe! não contamos a ninguém! ;-)

Ricardo Alves disse...

Ricardo-outro e CMF,
isto não tem nada que ver com a segurança social. O que está em causa é a licença de paternidade/maternidade.

no name disse...

sim, eu sei! estava apenas a responder às dúvidas do cmf. a propósito, talvez fosse útil, também neste ponto das licenças de paternidade/maternidade, o governo sócrates seguir o que se faz no seu preferido modelo escandinavo. na dinamarca é um ano de licença! isso é que é aquela malta a reproduzir-se!! :-)