sábado, 5 de julho de 2014

A quem é que o "resgate" ajudou?

Muitos já se deram conta da resposta, mas é sempre positivo que, para variar, os meios de comunicação social dêem voz a quem explica a situação sem rodeios.

Aproveito e recomendo esta entrevista, da qual destaco o seguinte:

«Essa é, até agora, a vossa principal conclusão?
O “resgate” errado, que apenas salvou os investidores estrangeiros, principalmente alemães, de perderem nos maus investimentos que fizeram, mina a confiança nas instituições democráticas dos países afectados. Os Governos e os Parlamentos desses países parecem ser apenas marionetas nas mãos de desconhecidos, e não eleitos, burocratas estrangeiros. E, ou, de investidores.

O que mais o surpreendeu na situação portuguesa?
O facto de terem tido - em proporção - a maior manifestação de todos os países em crise, mas que não teve qualquer impacto… Se, na Alemanha, 10% da população saísse à rua para protestar, o que significaria uma manifestação de 8 milhões de pessoas, nenhum Governo sobreviveria a isso intacto.

Os cidadãos alemães estão conscientes do que se passa nos países da periferia?
Infelizmente, não. De modo nenhum. A maioria dos alemães acredita realmente que o seu Governo está a “ajudar” os gregos e os portugueses com “dinheiro dos contribuintes”.»

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