A aprovação pelo Governo do casamento entre pessoas do mesmo sexo, é, paradoxalmente, um avanço e um recuo para a igualdade de direitos. Um avanço porque há a possibilidade de os casais do mesmo sexo se poderem casar já em 2010; um recuo, porque ficam excluídos da adopção. Trata-se, em boa verdade, de um casamento de segunda categoria.
Evidentemente, mesmo este projecto governamental pode ser travado. Na Assembleia da República, bastará o voto contra de doze deputados do PS (e há pelo menos duas que ninguém imagina a votarem a favor). Depois, há o possível veto de Cavaco (o Tribunal Constitucional não parece ser um obstáculo). Sendo possível que o Parlamento seja dissolvido na Primavera, o veto de Cavaco seria suficiente para adiar o assunto casamenteiro.
Enfim. Os homossexuais não sabem no que se estão a meter. Mas esse problema é deles.
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