«Qual é o bom pai de família que, por uma ou duas vezes, não dá palmadas no rabo dum filho que se recusa ir para a escola, que não dá uma bofetada a um filho (...) ou que não manda um filho de castigo para o quarto quando ele não quer comer? Quanto às duas primeiras, pode-se mesmo dizer que a abstenção do educador constituiria, ela sim, um negligenciar educativo.»
Este belo naco de prosa não foi produzido por um padre de aldeia nem por um dos Césares das Neves que pululam nos jornais. Veio directamente de uma das instituições cimeiras do Estado: o Supremo Tribunal de Justiça. Quem não acredita que leia a notícia no Público ou no Diário Digital.
Não é todos os dias que um Supremo Tribunal nos diz que quem não bate nos filhos é um pai negligente...
Adenda: o acórdão (descoberto no Blasfémias).
8 comentários :
A este acórdão chamei, com o respeito que é devido aos venerandos Conselheiros, «Vergonha».
De facto, compreendia-se num padre de uma paróquia rural.
Jurisprudência desta é uma imprudência.
Há tempos foram uns violadores condenados com a atenuante de as raparigas andarem com saias tão curtas que os provocaram.
Era no Algarve, vindas da praia.
De repente fez-se luz sobre uma das causas do nosso subdesenvolvimento cultural e social...
Conheci uma vez uma fulano que entre outras coisas me disse: "Não gosto de bater na minha mulher... Só de dou uma chapada de vez em quando..."
Se calhar era um destes juízes.
Onde foi para o bom senso desta gente?
Bem, eu acho que as ideias do supremo tribunal sao admissiveis em certos casos. Um pai pode dar uma chapada num filho quando ele é pequeno e quando vê que ele não lhe obedece de qualquer outra forma. Já bater sistematicamente é pessino - e é o contrario de dar educação!
No caso deste acordao do supremo tribunal penso que eles agiram mal - bater sistematicamente em deficientes não é pedagogia nao é nada!
O problema (agora que li o acordo) é que existe toda uma situaçao no lar que deveria ser mudada. A arguida passa lá demasiado tempo, naquele trabalho duro. Eu não condeno a mulher, condeno os responsaveis que a lá puseram.
"A arguida não tinha preparação profissional para desempenhar as funções de responsável do Lar, nomeadamente para lidar com deficientes mentais". Pois, só isso explica tudo.
Meu querido amigo,
De certo que não sabe como as nossas instituições (mais deles que nossas, na verdade)são um campo em que se revelam as mentalidades mais retrogradas do Portugal de antanho. Veja meu querido amigo, as instituições, as nossas e as deles, reproduzem-se num referenciaal axiológico-normativo sansionado pela «elite» que se reproduz na sua própria mundividência.
Diga-me, qe quebra existiu entre o EStado Novo e III República, na magistratura, nas forças armadas, nas forças de segurança, etc....
Há, é claro, foram identificadas algumas heresias na magistratura e no ensino, o que deu azo à acção inquisitorial de um governo dito socialista, em manobras de desacreditação dos referidos sectores.... Tudo isto é nojento e dá vómitos!
É pá, este texto é muito mau. Até parece que uma rabada não faz bem nenhum. Pois fiquem sabendo que eu vi - com estes olhos que a terra há-de comer - um psiquiatra dar uma estalada num doentinho mental. Sim senhores.
O gajo não queria aprender que não se urina nos corredores do Hospital, de pichota em riste. Olha lá se ele tornou a mijar ? É ó mijas !
Afinal tudo é relativo.
Tá claro :
Uma coisa é apanhar uma estalada, outra, muito-muito diferente é amarrar uma crinaça, seja normal ou não. Aí a senhora devia ter levado um bofetão dos grandes. Enfim ...
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