domingo, 31 de janeiro de 2010

Ser contra algo, sem ser a favor da sua proibição

Há vários comportamentos e atitudes em relação aos quais estamos «contra», sem acreditarmos que devam ser proibidos.

Quando o Ricardo levantou esta questão da Burca, ele fez mais do que defender que a mesma deveria ser proibida em nome da luta aos sexismo - ponto em relação ao qual teria algumas dúvidas. O Ricado falou na Burca como um símbolo de submissão das mulheres, que remete para toda uma cultura e conjunto de valores (de extremismo e fundamentalismo religioso no qual, felizmente, vários islâmicos no ocidente não se revêem) nas quais elas de facto têm menos poder, menos direitos, menos dignidade que os homens.

Todos quantos apresentaram a sua discordância alegaram que seria uma intromissão indesculpável à liberdade das mulheres - serem impedidas pelo estado de vestir o que queriam, apenas para as proteger de uma hipotética falta de liberdade para fazer o contrário. E se alguém o fizesse porque queria?

No entanto, ficou sempre por discutir uma possibilidade. A possibilidade de ser-se contra o uso de Burcas, sem ser a favor da proibição. A possibilidade de acreditar que, sendo este um símbolo sexista, dever-se-ia combater o seu uso, não pela força da lei, mas pela força das palavras, da persuasão, da discussão livre, das ideias. As culturas não são estáticas, são dinâmicas, e nós moldamo-las quando interagimos uns com os outros.

Quando as mulheres finalmente conseguiram a consagração da igualdade entre homem e mulher perante a lei, ainda havia muito a fazer, segundo afirmavam as feministas da altura. Muitos comportamentos e mentalidades que, julgando "ultrapassados", tentaram mudar - e tentaram mudar afirmando-se contra. E em muitos casos, não seria pela lei que se iria fazer a mudança.
Por exemplo, seria absurda uma lei que obrigasse os casais a passar um número de horas semelhantes em tarefas domésticas. Mas isso não implica que não se esteja "contra" a discrepância que actualmente existe (em média).

Por isso, é curioso que nesta discussão não se veja esta declaração: «Sim, acredito que as mulheres se devem poder vestir como quiserem, que não deve ser o estado a impedi-lo. Mas estou contra o uso da Burca e do Nicabe. São símbolos de extrema opressão feminina. Será uma vitória para as mulheres quando o seu uso for negligenciável».

20 comentários :

João Vasco disse...

Nota: claro que em tudo isto assumimos sempre que o pretexto da segurança colectiva, por si, não seria suficiente para que o estado impedisse as pessoas de andar na via pública irreconhecíveis.
Mas esta assunção é complicada, pois fica por explicar como é não revolta ninguém que essa lei exista em Portugal (e nos EUA, que eu saiba) actualmente.

Anónimo disse...

Eu por enquanto tenho essa opinião.

Mas tenho dúvidas.

Se eu ouvir sinais de violência doméstica vindos de casa dos meus vizinhos, posso intervir. Mas como é que se distingue uma mulher que é obrigada a usar o véu integral de uma mulher que o usa porque quer? Não é perguntando concerteza...

E independentemente da questão dos direitos das mulheres, não sei até que ponto uma pessoa tem o direito de ocultar a cara dos outros com quem convive de forma arbitrária.

Será que é aceitável que eu tape a minha cara todo o dia, com uma máscara de ski por exemplo, sem a revelar a ninguém que se cruze comigo? Até que ponto é necessário dar a cara nas relações interpessoais, na vida em sociedade, e quão aceitável é que a lei a isso obrigue dentro de certas condições?

Por enquanto o diferencial põe-me contra a proibição, mas ainda penso bastante nisso.

Miguel Madeira disse...

Penso que é essa a posição da Ferndanda Cancio:

http://jugular.blogs.sapo.pt/1535524.html

João Vasco disse...

Miguel:

Quando escrevi este texto referia-me ao debate que se passou por cá (ER) não na jugular.

Se a Fernanda Câncio diz explicitamente que é contra a Burca (por exemplo), tem realmente a opinião que defendi neste texto.

Não tinha lido esse texto dela, não sabia que era essa a sua posição, mas curiosamente tinha lido outro texto que eu tinha interpretado (pelos vistos mal) como defendeno algo diferente.

Falando de uma vizinha que usa burca (se a memória não me trai) e que lhe suscita curiosidade sobre as suas motivações, mas cujas decisões não queria julgar.

Ora quando estamos contra um comportamento, isso corresponde a um julgamento. Não um julgamento num tribunal, claro está. Mas a um julgamento.

Não faz sentido dizer "estou contra que X faça Y, mas não vou julgar esse comportamento". Já julguei, e por isso é que estou contra, mesmo - repito - que acredite não ter legitimidade para proibir esse comportamento.

Mas enfim, essa foi a interpretação que dei a um texto do qual já nem me lembro bem.

De qualquer das formas, era ao debate aqui neste blogue que me estava a referir. Creio que a Fernanda Câncio não chegou a escrever por cá.

Ricardo Alves disse...

Justamente, João Vasco.
Pode não se defender a proibição e mesmo assim detestar o véu. E é realmente essa a posição que a Fernanda Câncio parece querer assumir. O que me choca no que leio na Jugular (por exemplo, a Maria João Pires ou a do mesmo apelido) é que se opõem à proibição mas também não condenam o véu. O que me dá calafrios, honestamente.

hugo disse...

penso que talvez tudo isto se resolvesse com uma lei específica que proibisse alguém de coagir outra pessoa a usar uma burka.

No fundo um item como este com o qual toda a gente concorda excluí quem quer que a burka seja obrigatória.

Anónimo disse...

Melhor que multar os raros niquabs é taxar o numeroso putedo que pulula pela Europa decadente. Se cada badalhoca fosse multada em 750Euros, o défice desaparecia logo...

O niquab é que é bom...women with veils go wild...

Filipe Moura disse...

João e Ricardo, não tenho dúvidas que a posição da Fernanda e da Palmira (e já agora a minha...) é essa. Elas apoiaram (tal como eu) a lei do véu nas escolas, mas acham esta nova lei excessiva.

A malta do Womenage à Trois é libertária. São soixante-huitardes (asim, com e). É bom confrontá-las às vezes. Mas a lei anterior (do véu nas escolas) era melhor para esta discussão. Como disse, considero esta lei exagerada. E, como o João Vasco e o Francisco sabem, eu não primo por defender as liberdades individuais a todo e qualquer custo...

f. disse...

vim a esta caixa agradecer ao filipe moura e ao miguel madeira a amabilidade (não estou a ser irónica) de me lerem e citarem correctamente.


quanto ao resto dos comentários: devo confessar q m faz uma certa impressão constatar q a minha posição sobre o véu esteve dias a ser discutida neste blogue por gente q ou não leu ou não s lembra ou não percebeu os textos, aliás razoavelmente claros, q escrevi sobre o assunto.

o texto q o joão vasco cita como sendo, quiçá, a favor ou assim do véu e do niqab e da burqa, 'a vizinha oculta', foi republicado há dias no jugular. a parte sobre o q penso do véu e companhia é esta:

'se há coisa em relação à qual me apetece ser abelhuda é esta história do véu islâmico. Não tenho sobre ele qualquer das contemplações que uma parte da esquerda dita clássica exibe. Não vejo que possa ser defendido como “uma prerrogativa cultural legítima” quando é imposto em nome da ideia de uma diferença fundamental entre sexos. Nem que possa ser, como sinal exterior de religiosidade, comparado ao hábito de uma freira católica – que na actualidade ocidental só poderá ingressar numa ordem quando adulta, responsável legal pelas suas decisões. Impor um véu a uma criança de oito ou dez anos, que é o que sucede na tradição islâmica fundamentalista, é aliás muito semelhante a agarrar numa criança da mesma idade e interná-la num convento. Já se fez na Europa, decerto – mas hoje a maioria dos europeus (ou assim espero) consideraria tal um atentado aos direitos humanos. Por outro lado, defender que as mulheres adultas inseridas em famílias ou países islâmicos têm a liberdade de optar nesta matéria é ignorar a existência de leis, nalguns desses países, que punem as que não usam véu e de uma “tradição” que legitima matar uma mulher que “desonra” a família ou a religião (que, parece, irão dar no mesmo) -- tradição mantida, como se sabe, mesmo nos países ocidentais. Não sei se a minha vizinha está em condições de distinguir uma escolha de uma imposição. Se é com orgulho que atravessa as ruas de Lisboa, como um arauto da verdade, ou se deseja poder mandar o véu às urtigas e estender-se ao sol de bikini. Talvez nunca o saiba. Porque é minha vizinha, e há nisso um pacto. O pacto que diz: viveres ao meu lado não me dá o direito de te impor o que acho melhor para ti. Chama-se a isso respeito, creio – o respeito que a maioria dos lisboetas manifesta, ao vê-la passar com surpresa mas sem agressividade – e é o mais subversivo dos princípios. Desde que, bem entendido, se não cometa o erro de o confundir com indiferença, medo ou vertigem ética.'

se alguém tiver dúvidas na interpretação do português, terei gosto em esclarecê-las.

já ler no meu texto publicado no dn na sexta, e q o miguel madeira lincou mais acima, isto -- 'O uso de véu por mulheres, seja integral (burqa e hiqab) seja parcial (hijab) merece-me o mais vivo repúdio. A ideia de que as mulheres devem andar tapadas, total ou parcialmente, porque essa é a única forma de serem respeitadas e respeitáveis - de "estarem seguras" - é para mim uma afirmação de desigualdade intolerável. Sou contra qualquer imposição do seu uso. Mas os mesmos motivos que me levam a rejeitar vigorosamente o véu e a sua imposição - os princípios da igualdade e da liberdade individual - obrigam-me a recusar a sua interdição total.' -- e concluir, como faz o ricardo alves, que eu 'pareço querer assumir' -- ou seja, não chego a assumir (!) -- uma posição de recusa do véu só pode resultar de absoluta estultícia ou da total incapacidade de reconhecer um erro e pedir por ele desculpa -- sendo que isso tb equivale a absoluta estultícia, mais desonestidade. é que eu odeio véus mas também odeio desonestidade. mas tb aqui, cada um escolhe o q quer usar.

João Vasco disse...

Fernanda:

Não foi o Ricardo que escreveu este texto, fui eu (João Vasco).

Eu não estive a referir-me ao que a Fernanda tinha escrito a não ser em relação ao comentário do Miguel. Pelos vistos li esse texto apressadamente, mas esclareci isso no próprio comentário que fiz (que já não me lembrava bem, que podia ter interpretado mal).

Posso pedir desculpa por esse comentário. Aliás, peço já.

Mas como no texto original não me referia à Fernanda em particular, mas sim aos comentários que tinha lido por cá em geral, creio que é legítimo que mantenha cada palavra.

Ricardo Alves disse...

Fernanda,
eu sou capaz de distinguir a sua posição (e da Palmira), da da Maria João Pires e do Daniel Oliveira. Embora ambas sejam contra a proibição, a Fernanda condena o véu, enquanto à Maria João Pires nunca a vi fazê-lo.

Agora entenda, por favor: pode ser-se contra a proibição e considerar que o véu, particularmente o integral, merece uma batalha violenta e sem quartel. Como já escrevi e repito, não consigo imaginar pior símbolo da opressão da mulher neste século do que a burca. É por isso (e admito que o que digo a seguir tenha uma parte emocional) que os seus textos me parecem «macios» demais. É evidente que em qualquer deles critica o véu integral. Mas escreve coisas destas:

«Não sei se a minha vizinha está em condições de distinguir uma escolha de uma imposição. Se é com orgulho que atravessa as ruas de Lisboa, como um arauto da verdade, ou se deseja poder mandar o véu às urtigas e estender-se ao sol de bikini. Talvez nunca o saiba. Porque é minha vizinha, e há nisso um pacto. O pacto que diz: viveres ao meu lado não me dá o direito de te impor o que acho melhor para ti. Chama-se a isso respeito, creio – o respeito que a maioria dos lisboetas manifesta, ao vê-la passar com surpresa mas sem agressividade – e é o mais subversivo dos princípios. Desde que, bem entendido, se não cometa o erro de o confundir com indiferença, medo ou vertigem ética.»

Nada podemos impôr aos que vivem ao nosso lado? Nem que respeitem as suas mulheres? E, mesmo desconfiando de que ela quer é andar de biquini, acha que nada devemos fazer?

No texto mais recente, há a referência ao «respeito pela auto-determinação de adultas». Que admito que, para usar um termo muito seu, me encanita. Estou convencido de que a maioria das mulheres só usa o véu por imposição do marido. E nesse seu último texto, não a vi falar dessas mulheres.

Tudo dito, agradeço-lhe ter vindo aqui esclarecer a sua posição. E esteja tranquila que aqui ninguém remeterá para imagens menos delicadas.

Com estima,

Filipe Moura disse...

João e Ricardo, vocês confundem e trocam as jugulares. O João no texto; o Ricardo no comentário. Com efeito, "encanitar" não é uma expressão típica da Fernanda mas das irmãs Pires (a Fernanda pode tê-la adotado uma ou outra vez). Uma expressão típica da Fernanda (que ela usou aqui) é a "estultícia". "Estultícia" é Fernanda Câncio vintage.

O que a Fernanda diz é que não aceita que o Estado proíba uma mulher de vestir algo. De um ponto de vista puramente feminista parece-me aceitável (embora a lei também se aplicasse a homens - com certeza também não poderão andar de cabeça coberta; a restrição à liberdade é a mesma). Este assunto é delicado, mas não creio que o feminismo da Fernanda ou da Palmira seja questionável. O das irmãs Pires e da Inês também não em termos absolutos, mas sim em termos relativos. Com efeito podes "acusá-las" (eu "acuso-as") de serem mais fortemente "libertárias" que "feministas". Eu lanço esta "acusação" (na qual não vejo nenhum problema) mas assim, entre aspas, porque eu não sou nenhum guardião do feminismo. Longe de mim.

Shyznogud disse...

Que o Ricardo é cegueta e não percebe o que lê já muitos de nós tínhamos percebido. Dizer q nunca me viu criticar o véu qdo, repetidas vezes e até em conversa directa consigo, usei expressões como "burka repugna-me" é extraordinario. Ao Ricardo custa muito entender q eu, tal como o Daniel, por exemplo, consigamos ser absolutamente contra a burka e, ao mm tempo, achemos perfeitamente natural e lícito q uma mulher o use de livre vontade e q tenha todo o direito a fazê-lo. Nestas alturas apetece-me sempre citar a célebre réplica a Horatio, q o Ricardo até já leu mas é escusado, nunca a entenderá.

Ricardo Alves disse...

Para começar: não sei quem é a «Shyznogud», mas presumo pela conversa que seja a Maria João Pires. Estou enganado? Se estiver, peço humildemente desculpa, mas com pseudónimos e nomes reais à mistura já não sei quem é quem. (Estás a ver porque é que as confundo, Filipe?)

Repito: não consigo pensar em maior símbolo da opressão da mulher, aqui e agora, do que a burca. Por isso, esperaria que a prioridade das feministas fosse o combate à burca e àquilo que significa, independentemente de serem a favor ou contra qualquer proibição.

Pode continua a chamar-me «cegueta» e outros mimos do mesmo género (estou habituado a que me chamem coisas piores). Cada um de nós acha, evidentemente, que o outro não está a ver qualquer coisa que para nós é fundamental. No meu caso: acho que ainda não entenderam o que significa o islamismo enquanto ideologia extremista global. Que está no poder em partes do Afeganistão, no Irão, na Arábia Saudita, e que tem presença em subúrbios europeus. Que manda enforcar homossexuais e espancar adúlteras, mesmo quando violadas. Que manda as mulheres para casa e só as deixa sair à rua emburcadas. É por crer que não entendem a prioridade que o combate ao islamismo deve merecer que critiquei a Jugular. E o desencadeador foi um caso típico: a comparação da Maria João Pires entre uma gótica e uma emburcada. É que realmente não é tão livre uma como a outra. Se não vêem, chamem-me cegueta.

Shyznogud disse...

iep, sou a Maria João Pires. Das suas palavras retenho esta frase "prioridade das feministas fosse o combate à burca e àquilo que significa", é, de facto, esse o combate a ser feito mas nunca pactuando com uma proibição q lesa a autodeterminação de mulheres, sejam muitas ou poucas. É isso q sempre esteve em causa e é essa a gde diferença entre nós, é intolerável violar um direito - q devia ser fundamental para todos os q defendemos uma sociedade livre e laica - para se combater um símbolo.

Ricardo Alves disse...

Exactamente. Não vejo qualquer prioridade ao combate à burca. Vejo descontextualização e relativização dos véus. Se é esse o combate, porque não o travam?

Por haver quem o possa aproveitar para uma «proibição»? Mas há dezenas de proibições. Ninguém pode andar nu na rua. Ou ir de pijama para o supermercado. E há mulheres que teriam a sua auto-determinação expandida. E aqui, mesmo sendo o combate cultural contra o símbolo, a proibição seria de qualquer veste que impedisse a interacção face a face entre pessoas.

f. disse...

ricardo, se quiser fazer o favor de m dizer onde é q na lei portuguesa s proíbe a nudez pública e o pijama seja onde for agradeço. não é q seja fundamental para esta discussão, mas convém sabermos do q falamos.

quanto à parte do vizinha oculta q cita, é sobre uma coisa chamada respeito. respeito por aquela mulher, e não pelo marido dela. já percebi q não percebe. não vejo q mais possa dizer.

joão vasco, obrigada pelo pedido d dsculpas, ainda q excessivo. foi o ricardo q m chamou feminista passiva e angelizadora do islão, não o joão vasco. não confundo autores d blogues e tento avaliar cada pessoa pelo q diz e não pela companhia.

filipe moura, beijo.

Ricardo Alves disse...

Fernanda,
desculpe lá, mas a burca serve a quem a enfia. Eu, no primeiro post que escrevi sobre este assunto, manifestei espanto por ver as feministas da Jugular (que costumava ler com gosto e proveito) falarem contra a proibição sem falarem contra o véu. Houve outros comentadores habituais da Jugular, por exemplo o Luís Lavoura, que se mostraram também espantados pela vossa orientação nesta questão. Nos comentários ao meu post, levantei a hipótese de «angelizarem» o islamismo, o que, dado que ainda não vi um único post sobre o islamismo enquanto movimento político global sexista, se parece confirmar. Escrevi tudo isso na sequência de um debate de caixa de comentários com a Maria João Pires, que foi ao ponto de comparar a burca com as excentricidades dos góticos(!).

Após os posts e comentários que se seguiram, posso dizer que distingo a posição da FC da da MJP, e que estou mais próximo da primeira. Mas há companhias e companhias, e não pense que lhe acho que tenha de pedir desculpa.

E não sei se tenho interesse em voltar a comentar num blogue em que me mandaram para o órgão sexual masculino. ;)
(E num comentário moderado e tudo. ;) )

Ricardo Alves disse...

Mas já agora: o meu texto que tanta comoção lhe causou parece ter sido publicado quase em simultâneo com o seu «A verdade velada». Se isso interessa.

Filipe Moura disse...

Acho que há aqui alguns equívocos e mal-entendidos. Por conhecer as jugulares, eu não concordo que lhes chamem "feministas passivas" ou "angelizadoras do islão". Sobre este último aspecto, aliás, bem gostaria que se solidarizassem mais com o povo palestiniano e condenassem mais fortemente as atrocidades israelitas (como faz o João Galamba). Mas isto é outra conversa... Só que serve para ilustrar (em sentido contrário) a história das angelizadoras do islão.

De qualquer maneira, eu julgo agora perceber a posição do Ricardo, que se pode traduzir numa dúvida que eu tenho, e que vou escrever numa postagem na forma de questão às jugulares.

Beijinhos, Fernanda.