segunda-feira, 19 de março de 2007

Castelhano, a língua do futuro

  • «A procura do castelhano disparou nas escolas públicas do Alentejo e já atinge números considerados "surpreendentes" pelos próprios professores. No total, existem 2477 alunos a estudarem espanhol, repartidos por 280 turmas, quando em 2004 não iam além dos 786 estudantes e 48 turmas, segundo dados revelados pela Direcção Regional de Educação. (...) a leitura que as famílias e os jovens começaram a fazer é a de que os cenários de empregabilidade e formação em certas áreas, como acontece com a medicina, conduzem à definição de uma estratégia que privilegia Espanha.» (Diário de Notícias)

9 comentários :

Anónimo disse...

Falta acrescentar que aprender castelhano é muito mais fácil do que francês, já para não falar do alemão... e que estamos a falar de escolhas de crianças de 12 anos.

kota disse...

Só quem andar muito desatento se pode admirar disto, basta ver anúncios de trabalho onde já aparecem muitas empresas a pedir quem fale castelhano.
Qual é a admiração, deste lado é só garganta.

Anónimo disse...

Os meninos escolhem Castelhano porque pensam que é mais fácil.

Depois até choram com a gramática castelhena.

Relacionar tal facto com o desejo de vir a optar por medicina, é ir longe demais.

Ter "Castelhano" no currículo é tão importante como ter "Informática no âmbito do utilizador, Windows e Oficce"
É interessante, mas nada que não se aprenda com um pouco de prática.

Podiam aproveitar o facto de sermos Portugueses, tirar uma língua culturalmente mais afastada, tipo francês ou alemão, e usar a proximidade linguística com o espanhol, para, com a prática aprender essa língua. E dessa forma estar mais apetrechados para uma Europa multi cultural, e não apenas para uma ibéria demasiado próxima culturalmente.

DarthLion

Anónimo disse...

E para quando os espanhóis a procurarem a língus de Luís de Camões?

Ricardo Alves disse...

«E para quando os espanhóis a procurarem a língus de Luís de Camões?»

Quando tiverem interesse nisso...

dorean paxorales disse...

Mas têm interesse nisso. Referindo o exemplo dado na notícia, o mercado de trabalho natural para técnicos de saúde espanhóis desempregados é Portugal e não o oposto. Isto porque só na área de Madrid há milhares de médicos desempregados.
A formação é outra história (e outra máfia) e os próprios alunos de medicina em Portugal há muito que se conformam em estudar pelas traduções castelhanas dos manuais.

Ricardo Alves disse...

Dorean,
se têm interesse nisso, porque será que não o aprendem?

dorean paxorales disse...

Vai ao IPO de Lisboa, por exemplo, e verás quantos o aprenderam por necessidade.
Mas, de acordo, é um nicho que poderá ser transitório: ao contrário do português, o espanhol não subalterniza o seu país em queixumes fatalistas.

Ricardo Alves disse...

«ao contrário do português, o espanhol não subalterniza o seu país em queixumes fatalistas»

Essa é que é essa... ;)