- «Ultimamente têm sido feitos alguns esforços no sentido de educar os jovens para a cidadania, aumentando a sua cultura científica para serem capazes de compreender o mundo que os rodeia e criticarem conscientemente os eventuais desmandos contra o meio ambiente, de que todos temos um pouco de culpa. Apesar destes esforços, de que saliento a actuação do programa Ciência Viva, muitas pessoas com responsabilidades fecham os olhos a certas manifestações anti-Ciência que vão minando a inteligência e a cultura das pessoas menos preparadas, que infelizmente constituem a maioria dos telespectadores. (...) Mais grave ainda é que a RTP, que deveria prestar um serviço verdadeiramente público aos cidadãos, colabore também na difusão da bruxaria, tendo igualmente a sua astróloga de serviço permanente no programa Praça da Alegria, munindo-se de um computador para tentar dar um ar científico às suas "previsões", contribuindo assim para a estupidificação dos cidadãos. (...) A RTP colabora nesta farsa todos os dias, levando a bruxaria às pessoas que seguem o programa, dando-lhe a mesma credibilidade que dão a médicos e cientistas que por lá passam. Já protestei junto dos responsáveis do programa, mas nem se dignaram acusar a recepção da minha carta. Agora, que se instituiu um Provedor do Telespectador, cheio de boas intenções, já lhe comuniquei o escândalo e pedi que estas anomalias fossem rapidamente eliminadas, para bem dos cidadãos. Não poderemos nós, cientistas, fazer algo mais?» («Anti-Ciência», no Ciência Hoje.)
- «The February-March issue of Cosmos contains my long-awaited review of Richard Dawkins’ The God Delusion, a book that has been the subject of massive international controversy. (...) One thing that has since astonished me is how many secular or otherwise moderate thinkers appear to resent Dawkins speaking up in criticising religion. I was well aware of the unspoken pact among intellectuals to show a sort of paternalistic solicitude toward religion - something that has developed gradually since my youth back in the 1970s, when anti-religious feeling was more socially acceptable. But I hadn’t realised just how strong this pact had become. If you write a book like that of Dawkins, arguing with wit and passion against religious belief, it now seems that most people who are in the position to review your work will question the propriety of what you’re doing. It’s as if any criticism of religion is seen, these days, as some kind of affront, or threat, to social stability. As religious leaders and intellectuals have become bolder, in recent years, about attempting to shape public policy on explicitly religious or crypto-religious grounds, it has become important that those grounds be subjected to close sceptical scrutiny. If the exponents of religious and crypto-religious viewpoints wish to have a say in the formulation of public policy, then we need to scrutinise whether or not their arguments are based on any intellectually credible foundation.» («Dawkins, Religion and Public Policy», no Institute for Ethics and Emerging Tecnologies.)
segunda-feira, 5 de março de 2007
Revista de leituras (5/3/2007)
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