quarta-feira, 13 de abril de 2016

Como meio mundo anda a roubar o outro meio

É o nome deste vídeo do Expresso:

«Imagine um empresário, um banqueiro, um advogado e um amigo. E veja como o dinheiro de vários negócios lícitos e subornos ilícitos entra e sai do circuito legal. Mesmo em Portugal. Os Panama Papers estão a denunciar práticas globais de ocultação de dinheiro e património, numa investigação jornalística internacional de que o Expresso é parceiro. Numa versão alargada do 2:59, o programa de jornalismo de dados do Expresso, veja como os dinheiros entram e saem do circuito legal»

O vídeo foca-se num aspecto dos paraísos fiscais: a privacidade que garantem - essencial para quem obteve receitas com origem criminosa. No entanto, para explicar a frase do título, que também é a conclusão final do mesmo, é preciso lembrar a função bem mais prosaica dos paraísos fiscais: permitir fugir aos impostos de forma perfeitamente "legal". É principalmente este o combustível que tem garantido aos paraísos fiscais um crescimento muito acelerado até ao ponto em que correspondem a cerca de um terço da riqueza mundial.

De qualquer forma, gostei bastante da forma como este vídeo alertou para o papel dos RERT como parte integrante e essencial no processo de lavagem de dinheiro ou utilização geral dos paraísos fiscais para efeitos de fuga fiscal.
Mariana Mortágua também fala sobre os RERT neste vídeo da sua intervenção, de forma bem assertiva e certeira. Começa por falar sobre o «pseudo-paraíso fiscal» que existe na Madeira, e depois aborda os problemas dos paraísos fiscais de forma mais abrangente, e conclui falando nalguns primeiros passos que devem ser dados para não agravar este problema. São seis minutos que merecem ser vistos do início ao fim:


Post também publicado no Espaço Àgora.

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