Rui Machete está a ser atacado pelas pides portuguesas (SIS/SIED) por supostamente ter posto em causa o monopólio destas sobre a divulgação de informação confidencial nos media. Efectivamente, há meses que jornais portugueses (principalmente o Expresso) divulgam notícias sobre a dúzia de portugueses que se converteram ao Islão e se engajaram na luta pelo califado. Na sua entrevista à Renascença, Machete não disse nada que não fosse já do domínio público através dos media, como ele aliás explicou. Por essa entrevista, foi atacado no Diário de Notícias num artigo assinado por uma jornalista que funciona como porta-voz da pide (como se pode compreender lendo aqui e aqui). A nova pide portuguesa já ataca tranquilamente ministros, manipulando a imprensa. Haverá um dia (já terá chegado?) em que se achará com o direito de os demitir. O perigo maior para a República vem daí, e não da dúzia de portugueses jihadistas.
Em defesa dos chulos
Há 58 minutos
7 comentários :
Discordo totalmente deste texto. O Rui Machete era somente embaraçoso; com este caso, tornou-se um velho senil e perigoso. Podemos ter opiniões diferentes sobre isto, mas defenderes o Rui Machete não ajuda a tua posição.
A respeito da carta de Rui Machete:
"Será o número aproximado de portugueses que militam no ISIS, já referido publicamente e também divulgado por diversos jornais? Será a referência à existência de famílias portuguesas que se lamentam que os filhos tenham viajado para a Síria, como vem descrito em vários artigos recentes da imprensa nacional? Ou refere-se, antes, ao perigo que representa o regresso dos chamados combatentes estrangeiros aos países de origem, matéria desde logo analisada no célebre discurso do presidente Obama contra os perigos da organização terrorista ISIS, e concitando a uma coligação que a destrua? Ou, ainda, à necessidade de procurar a reabilitação e reinserção dos que regressam às suas terras arrependidos, questões estas tão discutidas na imprensa nacional e estrangeira?"
Noto que ele, em toda a sua lista de questões "o que isto tem de secreto?", ele não inclui "haver dois ou três jihadistas de origem portuguesa, sobretudo raparigas, que querem regressar".
O Machete não mencionou nada que não tivesse aparecido já nos jornais.
"O Machete não mencionou nada que não tivesse aparecido já nos jornais."
Incluindo as "arrependidas"? Antes dele, não tinha lido nada sobre "arrependidas" portuguesas.
Ele próprio diz que essa questão já foi abordada na imprensa.
A questão é que ele não sabe o que diz.
Ele está a ser atacado por ter posto em causa o monopólio de «fugas de informação confidencial» que a pide se auto-atribuiu.
Os governantes passam, mas problemas como o SIS/SIED permanecem.
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