quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O fim do ateísmo tranquilo

José Saramago já entendeu que isto não vai lá com «pacifismo intelectual»:
  • «Às insolências reaccionárias da Igreja Católica há que responder com a insolência da inteligência viva, no bom sentido, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias pelos presumíveis representantes de Deus na terra, a quem na realidade só interessa o poder» (Público).

26 comentários :

Nuno Gaspar disse...

Ricardo,

Onde é que você quer ir? Explique lá?

Filipe Castro disse...

Acho todos queremos a mesma coisa: discutir os assuntos de forma racional. E disputar esta ideia perigosa de o papa ser uma autoridade moral. Por exemplo, dizer que os homossexuais escolhem "um estilo de vida pecaminoso" é estúpido e cruel. Alguém tem de fazer a estas ideias fascistas, que desumanizam uma minoria. Com insolência, se for preciso.

Filipe Castro disse...

Eu queria, obviamente, dizer "fazer frente a estas ideias fascistas...".

JDC disse...

"E disputar esta ideia perigosa de o papa ser uma autoridade moral"

O Papa é uma autoridade moral para quem escolhe que ele o seja. Tenha lá paciência mas, escondido numa suposta tolerância e altruísmo, está a cometer os mesmos erros que aponta aos religiosos: proselitismo.

Ricardo Alves disse...

Nuno Gaspar, concordo com o Filipe Castro.

JDC, a questão é que o Papa não é uma autoridade moral apenas para quem escolhe que o seja. Pelo contrário, é-nos apresentado pelos media como se se tratasse de alguém com coisas particularmente importantes e fundamentadas a dizer sobre ética e política. O que leva a que não seja um problema apenas para os que o escolhem.

João Vasco disse...

Antes fosse só os media.

O pior são mesmo os previlégios legais. Falta dinheiro para tratar os doentes, mas o estado paga a capelães, subtraíndo esse peso à Igreja, por exemplo. Isto é imoral.

Pedro, o cristao calmo disse...

E Saramago constitui algum exemplo ou nao foi ele um cúmplice de regimes fascistas (ou comunistas que para o efeito dá igual)?
Por acaso até conheço uma pessoa (das várias) que foi saneada do DN quando esse biltre era o director.

Por último creio que no mundo idealizado por Saramago os Ricardos e Filipes nao teriam muito espaço...

Ricardo Ferreira disse...

Este biltre é prémio nobel...

Algo que o cristão calmo nunca será...

Pedreo, o cristao calmo disse...

Como sabes isso ó Tino da arrifana?

JDC disse...

Prémio Nobel? ahahaha só pode estar a brincar... Em que é que o prémio Nobel da Literatura lhe confere carácter ou autoridade moral?
Francamente, esperava mais...

rui disse...

temos de admitir que o ateismo não tem grandes lições de moral a dar aos crentes. não vejo outra forma decente de fazer as coisas que não seja deixar as coisas correrem. o proselitismo é um beco sem saída. o "pacifismo intelectual", é isso mesmo, é a solução. já que acusam os ateus de "acreditarem nalguma coisa", eu proponho que sejamos apenas "indulgentes".

NG disse...

" a questão é que o Papa não é uma autoridade moral apenas para quem escolhe que o seja. Pelo contrário, é-nos apresentado pelos media como se se tratasse de alguém com coisas particularmente importantes e fundamentadas a dizer sobre ética e política"

Quer reservar a liberdade de expressão só para si e para os seus escolhidos? É isso, Ricardo?

Ricardo Alves disse...

Não, Nuno. Não é impedir o Ratz de falar. É reduzi-lo à sua devida importância - pequena.

Ricardo Alves disse...

«já que acusam os ateus de "acreditarem nalguma coisa"»

Tão depressa nos acusam de não acreditar em «alguma coisa» como de não acreditar em nada...

Nuno Gaspar disse...

Ricardo,

Que para si não tem importância nenhuma, já percebemos há muito tempo. Não percebo é a sua ansiedade de todos os dias ter que repetir a mesma coisa. Nós ouvimos logo à primeira. Felizmente, cada um ainda pode dar importância aquilo que entende segundo a sua razão, por mais que andem aos gritos à sua volta.

João Vasco disse...

Coitadinho do Nuno, oprimido pelos "gritos" do Ricardo que afinal não passam de letras numa página de internet.

Mas não me parece que o Ricardo escreva apenas para si e para o grupo a que se refere com o "nós".
Se acha que o Ricardo é repetitivo, ninguém o obriga a ler.

Outros encontrarão mais interesse naquilo ele que tem para escrever.

NG disse...

João Vasco

" ninguém o obriga a ler.

Outros encontrarão mais interesse naquilo ele que tem para escrever "

Ora aí está um bom conselho a quem não agrada o que o Papa diz.

João Vasco disse...

Mas ninguém se queixa que o Papa fale à vontade.

Ele que se repita, que "grite", que diga o que quiser.

Por isso Nuno, o conselho é mesmo para si, não para o reencaminhar.

Nuno Gaspar disse...

"Mas ninguém se queixa que o Papa fale à vontade.

Ele que se repita, que "grite", que diga o que quiser."

Infelizmente, não é esta a sua prática nem a dos seus colegas. Não mostram outro interesse na vida que não seja vigiar, distorcer, perturbar, caluniar e criar ruido à volta de tudo quanto o Papa possa dizer.

Não podem achar estranho que haja gente que se incomode com isso.

João Vasco disse...

«Não mostram outro interesse na vida que não seja vigiar, distorcer, perturbar, caluniar e criar ruido à volta de tudo quanto o Papa possa dizer.»

Hum.... Vejamos...

Se não existe outro interesse na vida, então todos os textos deste blogue devem ser sobre o Papa, certo?

Espera lá, e não é que este é o único? Que os outros são sobre o PS, o PSD e o PP, o BE, o PCP, as Autárquicas, as legislativas, a tributação e a Maité Proença?

Neste momento, na página principal estão mais linhas dedicadas à Maité que ao Papa, eh!eh!eh!

Mas enfim... Feliz do Papa que tem o Nuno para o defender. E de forma eficaz: em vez de enumerar as calúnicas e distorções que diz existir (coisa que seria difícil de encontrar...) prefere novamente associar qualquer crítica à violência e maldade.

Há pessoas que se dão mal com a liberdade de expressão.
Há pessoas que dizem defender a tolerância, mas não conhecem o significado da palavra.

Nuno Gaspar disse...

Pois há.

Agora disse a verdade, João Vasco.

João Vasco disse...

Ao menos nisso estamos de acordo.

Ricardo Alves disse...

Nuno Gaspar,
o Papa tem os seus megafones e amplificadores, coisa que quem o critica não tem. As religiões têm horas de televisão todos os dias, professores do ensino público, páginas e páginas nos jornais, protecção especial nos programas de debate, mesmo públicos (não me hei-de esquecer de um debate sobre Fátima em que havia quatro católicos praticantes e um agnóstico... se esta regra fosse seguida quanto aos partidos, haveria protestos... com razão), e etc, etc.

Pode criticar-me à vontade por eu criticar o Papa. Acho muito bem que o faça. Não venha é dizer que é a mesma coisa, porque a desproporção de meios é enorme.

Anónimo disse...

igreja romana São invejáveis 2000 anos de crimes, fraudes, corrupção e perseguição

Anónimo disse...

Saramago deveria ter falado tambem do envolvimento da igreja com nazismo,mafia etc etc.

Nuno Gaspar disse...

"o Papa tem os seus megafones e amplificadores, coisa que quem o critica não tem"

Não goze, Ricardo.