- «O Prof. João César das Neves argumenta hoje no DN, num tom invulgarmente equilibrado, que na questão do aborto estão em confronto duas ordens de valores igualmente respeitáveis: de um lado, o direito da mulher a determinar a sua vida e o seu corpo; do outro, o direito à vida do embrião. (...) O confronto de valores ocorrerá eventualmente - se quisermos aceitar a dicotomia proposta, o que é discutível - na consciência de cada mulher que se confronta com a opção entre abortar ou não abortar, e é exclusivamente nesse plano que deve permanecer. O que vamos decidir com o nosso voto é outra coisa, ou seja, se é lícito que uma parte da sociedade imponha à outra a sua ideia sobre que valores devem ter a primazia nessa situação.» («O que vamos votar», no Sim no Referendo.)
- «Já se sabe que deveria haver melhor informação, mas não há. Já se sabe que as consultas de planeamento familiar deveriam ser muito incentivadas, mas não são. Já se sabe que devia existir um bom apoio à grávida, mas não existe. Já se sabe que devia haver uma boa política de apoio à família, mas não há. Já se sabe que as respostas sociais para cuidar convenientemente de uma criança até entrar na escola deviam ter sido implementadas, mas não foram. Já se sabe que devia haver pediatras nos Centros de Saúde, mas não há. É claro que SE tudo isto funcionasse muito bem, talvez nem se pusesse esta questão que vamos votar no dia 11. Só que esta utopia estranhamente funciona apenas antes de uma votação destas, depois evapora-se rapidamente.» («Se», no Pópulo.)
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
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