A escolha de Vital Moreira como cabeça de lista do PS às eleições europeias representa uma (ligeira) viragem à esquerda do partido governamental.
Vital Moreira é um dos dois políticos portugueses verdadeiramente laicista (o outro é Fernando Rosas). Em tempos que já lá vão, era o rosto da sucessão de Cunhal no PCP - uma sucessão que significaria renovação, e não estalinização. E foi um juiz do Tribunal Constitucional com decisões que fizeram história. Em tempos recentes, deu a cara pela despenalização da IVG. Em tudo, um democrata e um militante de esquerda como há poucos.
Verdade se diga, Vital Moreira é hoje um indefectível do socratismo. E tão europeísta que facilmente se o imagina a ir à praia com a bandeirinha das doze estrelas sobre fundo azul estampada na t-shirt. Portanto, acho que não vou contar com ele para eliminar da Constituição europeia os artigos clericais que, no seu europeísmo cego, teima em não ver. Muito menos para reorientar a UE num sentido menos neoliberal. Já nem falo de referendar qualquer Tratado, hipótese que ele abomina.
Mas, claramente, o PS sente-se hoje acossado pela esquerda, que o incomoda e que tenta suprimir suavemente há mais de trinta anos (sem qualquer sucesso). Resta saber o que está o PS disposto a ceder para conter esse crescimento.
Vital Moreira é um dos dois políticos portugueses verdadeiramente laicista (o outro é Fernando Rosas). Em tempos que já lá vão, era o rosto da sucessão de Cunhal no PCP - uma sucessão que significaria renovação, e não estalinização. E foi um juiz do Tribunal Constitucional com decisões que fizeram história. Em tempos recentes, deu a cara pela despenalização da IVG. Em tudo, um democrata e um militante de esquerda como há poucos.
Verdade se diga, Vital Moreira é hoje um indefectível do socratismo. E tão europeísta que facilmente se o imagina a ir à praia com a bandeirinha das doze estrelas sobre fundo azul estampada na t-shirt. Portanto, acho que não vou contar com ele para eliminar da Constituição europeia os artigos clericais que, no seu europeísmo cego, teima em não ver. Muito menos para reorientar a UE num sentido menos neoliberal. Já nem falo de referendar qualquer Tratado, hipótese que ele abomina.
Mas, claramente, o PS sente-se hoje acossado pela esquerda, que o incomoda e que tenta suprimir suavemente há mais de trinta anos (sem qualquer sucesso). Resta saber o que está o PS disposto a ceder para conter esse crescimento.
O PE é um exílio dourado que paga o silêncio aos incómodos. Lembras-te do Candal e da sua campanha homofóbica?
ResponderEliminar"A escolha de Vital Moreira como cabeça de lista do PS às eleições europeias representa uma (ligeira) viragem à esquerda do partido governamental".
ResponderEliminarNão me parece:
http://5dias.net/2009/03/01/vital-moreira-e-o-seu-pensamento-politico/
Para além do mais Vital Moreira só se tem mostrado laicista em teoria...
Se eu fosse a si relia com muita atenção todo o "Causa Nossa" antes de escrever posts como estes...
Atenciosamente,
SABINE
(http://sabine77.wordpress.com/)
Dorean,
ResponderEliminar«exílio dourado» como cabeça de lista? E Vital não tem sido incómodo para o PS, antes pelo contrário...
Sabine,
ResponderEliminarna questão da assistência religiosa nos hospitais, Vital Moreira foi mais longe do que o governo:
«No exercício das suas funções, os encarregados da assistência religiosa continuam a ser apenas ministros do culto e não agentes públicos. Devem ser livremente nomeados e credenciados pelas respectivas igrejas. Não cabe ao Estado nomeá-los nem sustentá-los, mas somente reconhecê-los e respeitá-los. Deve terminar de uma vez por todas a bizarra figura dos capelães designados e remunerados pelo Estado, como funcionários públicos.»
http://aba-da-causa.blogspot.com/2007/09/os-capeles.html
E, recentemente, criticou o governo pela falta de laicismo deste:
«Se for verdadeira esta notícia sobre o projecto de lei acerca da assistência religiosa nas Forças Armadas, trata-se de um injustificável atentado à separação entre o Estado e as igrejas. Um Estado laico que seja respeitador da liberdade religiosa, como é o nosso, pode e deve facultar e facilitar aos interessados e às igrejas a assistência religiosa nas instituições públicas (desde os hospitais às forças armadas); mas não lhe cabe assumir missões religiosas, não podendo oficializar aquela assistência, que deve ser exclusiva responsabilidade e encargo das igrejas. A nomeação oficial dos "capelães", a sua graduação em oficiais, a sua remuneração pelo Estado, como se fossem servidores públicos --, nada disso é congruente com os requisitos da laicidade.»
http://causa-nossa.blogspot.com/2009/01/assistencia-religiosa.html
http://arrastao.org/sem-categoria/timeline/
ResponderEliminarCX
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