segunda-feira, 25 de junho de 2007

«Europa sim, democracia não!»

  • «O referendo só é um instrumento legítimo e adequado para as questões menores. (...) A realização de uma consulta popular tem de ser posta em linha com outros valores. Neste caso, o valor da importância da viabilização de um novo tratado europeu.» (Sérgio Sousa Pinto, eurodeputado do PS, no Diário de Notícias.)
  • «Os referendos existem em função de decisões políticas que têm que ser tomadas, mas se chegarmos à conclusão de que não são necessários, se as circunstâncias não o exigirem, podemos passar bem sem eles.» (José Matos Correia, antigo chefe de gabinete de José Manuel Durão Barroso no PSD e no Governo, também no Diário de Notícias.)

«Europa sim, democracia não!» parece ser o lema dos partidos do centrão quando se fala em deixarem os cidadãos pronunciar-se sobre a organização internacional que mais condiciona a vida portuguesa. Ou, dito de outra forma, «a Europa não se discute!». Que o peso da República Portuguesa no Conselho Europeu seja diminuto, que o Parlamento Europeu seja uma instância pouco mais que consultiva, que o corporativismo pareça por vezes o modo de decisão a privilegiar na UE do futuro, são todas questões nas quais os cidadãos portugueses, aparentemente, não podem meter o bedelho. Não ajuda que o debate português sobre a União Europeia seja (infelizmente) provinciano e tacanho, com momentos em que parece que nada há de mais importante do que o passaporte do presidente da Comissão, ou deter a Presidência da UE durante a finalização de um Tratado. Salvo raras excepções, as gerações que tinham dezoito ou mais anos em 1974 ainda olham para a Europa com complexo de porteira. As decisões, os votos e essas coisas, são para os dos «andares de cima».

4 comentários:

  1. O sr Sérgio Sousa pinto vale politicamente zero.
    Isso equivale a dizer que a opinião dele vale zero.
    Mesmo que o sr Sérgio Sousa pinto valesse politicamente alguma coisa, estaria enganado nas afirmações que faz.
    O mesmo se aplica ao sanguessuga assessor.

    O valor da importância da viabilização de um novo tratado europeu é menor ou inexistente.

    A Europa discute-se. Contra estas pessoas se for preciso.
    A estratégia de empurrar para a discussão da Europa somente a extrema esquerda e somente a extrema direita deve ser fortemente contrariada.
    Pessoas que não são de extrema direita ou extrema esquerda devem ocupar espaço e discutir a Europa e este tratado e toda esta ideia à volta do tratado.

    Após a constatação da existência legal de um referendo ao tratado europeu,com data eleitoral marcada surge o passo seguinte; deverá, obviamente votar-se contra esse mesmo tratado europeu.
    Ou seja NÃO!

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  2. Não sou contra o referendo, mas tambem não sei se sou a favor.

    A população, de um modo geral, é demasiado imatura para separar os assuntos.

    Basicamente o que vai acontecer é que, quem gosta da actuação do governo vai votar a fazor, quem não gostar vai votar contra.

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