- «A recomposição da esquerda portuguesa está na ordem do dia. Uma esquerda antiausteritária que se queira consequente não pode satisfazer-se com o papel de protesto. Por bem que cumpra esta função, se ao protesto não se seguir nenhuma mudança, se dele nada se esperar além da catarse da rua, então é justo concluir que o protesto serve sobretudo de válvula de escape ao descontentamento social, com benefício exclusivo, na ressaca do dia, para a própria política de austeridade, cuja continuidade se vê assim mais bem assegurada. (...)
- Tornar consequentes estas vocações de protesto e de desmontagem argumentativa, exige à esquerda antiausteritária que encontre uma terceira vocação: mostrar-se alternativa credível de poder face à austeridade que nos governa. Sem esta vocação, a esquerda portuguesa, por empenhada e brilhante que seja, nulifica todos os seus esforços. E para a esquerda antiausteritária ser alternativa, é tão indispensável vontades políticas alcançarem uma convergência real como é imprescindível constituírem-se veículo de um programa político. Em poucas palavras: uma alternativa política para uma política alternativa. (...)» (André Barata)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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