Passos Coelho: o pai incógnito do referendo?

Passos Coelho diz que não deu «indicações» para o referendo.

• «Passos Coelho negou que tenha influenciado a decisão do PSD sobre o assunto e que tenham sido dadas indicações de voto ao grupo parlamentar (...)».

Todavia, argumenta a favor do referendo.

• «“Vejo vantagens nisso”, declarou, reiterando o apoio a que o debate seja alargado ao país. Passos Coelho não vê “nenhum inconveniente” na realização do referendo».

E admite que o Directório partidário foi favorável ao referendo.

• «“Essa questão foi discutida na Comissão Política Nacional, que entendeu que não devia olhar essa iniciativa com hostilidade”».

Estranhíssima é a frase seguinte, que remete a imposição da disciplina de voto para a direcção do grupo parlamentar.

• «Deu total liberdade de voto ao grupo parlamentar e, portando não deu qualquer indicação nessa matéria».

Resta o que o senhor pensa do assunto, que é público.

Será que vai fazer campanha pelo «Sim»? Acho incrível que nenhum deputado ou jornalista lhe tenha ainda perguntado como tenciona votar.