- «O Estado vai reforçar o capital do Banif metendo lá 1.100 milhões de euros. Ficarão os contribuintes, através de um empréstimo da troika, detentores de 99,2% do banco. Se toda a gente envolvida nesta negociação se portar bem - coisa que a disputa da herança do antigo líder do banco, Horácio Roque, torna incerta - a percentagem de posse do Estado naquele banco diminuirá para 60.6%, situação que, no entanto, perdurará até 2017. Na melhor das hipóteses. Apesar de responderem pela maior parte do dinheiro que capitalizará esse banco, os contribuintes não terão direito a controlar a administração do Banif, que continuará dominada pelos representantes de alegados "investidores privados" que se comprometem a lá pôr, na empresa que deixaram cair, apenas 250 milhões de euros. Note-se que este banco, de 2000 a 2010, deu aos seus acionistas 216 milhões de euros em dividendos, 41% do total de lucros registados nesse período, dinheirinho que hoje daria muito jeito mas, pelos vistos, ninguém acha dever ser considerado nesta relação desigual entre o nosso proclamadamente falido Estado e os nossos pretensamente ricos capitalistas, cuspidores dessa mão que, afinal, lhes dá sempre de comer e cronicamente os salva dos apuros em que se metem. (...) nestes acordos a oposição afeta ao regime (na circunstância o Partido Socialista), cala-se caladinha pois surge sempre um dos seus (no caso Luís Amado, ex-ministro de Sócrates e atual presidente do Banif), a tutelar este tipo de negócios.» (Pedro Tadeu)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
sim pá esqueceste-te de dizer que os 7 mil milhões de produtos financeiros
ResponderEliminararrecadaram em retenção na fonte no banife mesmo aos 16% da madeira um total de 350 milhões em imposturas de 2005 a 2012... fora outros impostos sobre o banco
e irs dos funcionários
que vão pesar umas centenas de milhão nos desempregos enquanto os houver e reformas antecipadas...
É claro que o dinheirinho que no passado foi pago aos acionistas daria hoje muito jeito, mas não vale a pena invocá-lo porque esse dinheiro já foi gasto e muitos desses acionistas já hoje não o serão e não poderão ser chamados à pedra. Portanto, esse assunto está arrumado.
EliminarDeve-se também lembrar que a razão para o Estado meter dinheiro nos bancos é o facto de as autoridades internacionais terem decidido unilateralmente impôr novos rácios de capital aos bancos, coisa de que estes não têm culpa. Alguns dos bancos estão a ser capazes de angariar mais capital para satisfazer os novos rácios, mas outros bancos, compreensivelmente, não estão a ser capazes. Parece-me razoável que, sendo uma autoridade estatal a mudar as regras sobre o setor bancário, essa mesma autoridade se preocupe em ajudar os bancos a cumprir as novas regras.
Assumo-me como antigo recebedor de cheques do BPA e do BANIF, assumo-me como pequeno accionista no BPA no tempo de Pedro Caldeira, assumo-me como detentor de títulos de dívida pública titularizados pelo Banif para 2019 que tenho a certeza de não vir a receber.
ResponderEliminarE assumo que em tempos depositava 80% do meu salário numa filial do Banif em moeda forte que era desvalorizada 25 ou 30% a bem da nação uns dias depois.
Assumo que continuei mais ou menos crente na banca portuguesa, mais conservadora e mais dada ao imobiliário e às negociatas estatais e camarárias,apesar do escândalo da caixa económica faialense que deixou milhares a arder, sendo-lhes pagos anos depois depósitos já sem valor no máximo de 5000 contos, um canadiano conseguiu que o estado lhe pagasse 100 mil passados uns 15 anos.
Assumo que se tiver tempo de vida suficiente e saúde suficiente, retiro os tostõezinhos do Banif e ponho-os no BES do Pinocheta ou no Montepio do rombo do Finibanco ou no BPI da especulação com dívida grega
A economia e a banca são questões de fé, num portugal envelhecido e a envelhecer deve-se incentivar os privados a investir e a depositar poupança tributada em solo nacional ou em paraísos fiscaes madeirenses para venezuelano pôr os trocos.
Agora abalar essa confiança, ou dizer a velhotas de 60 anos que vão ter que dar 10% do preço da barraca onde moram quando o velhote morrer...é cruel
ou é patético...ou se calhar é ambas...
o censor de serviço que apague esta merda
tou a ficar enublado...