Bom, vou tentar não dizer mal do SIS. Sim, é público há mais de um ano que um espião do SIS trabalhava para o IRA «Verdadeiro». Sim, também é verdade que em qualquer outro país do mundo democrático isso seria um escândalo enorme. Sim, agora vêm-nos dizer que o mesmo indivíduo fazia parte de uma rede de lavagem de dinheiro na qual envolveu um espião da Mossad seu conhecido. Sim, deve ser tudo verdade. E sim, nos EUA ou no Reino Unido ou em França ou na Alemanha haveria cabeças a rolar (administrativamente falando...) por muito menos do que isto.
Mas pronto: é só um caso isolado. Os outros são todos puros e as chefias são impolutas, como o prova o «caso Silva Carvalho». E nem custam dinheiro algum ao governo, perdão, ao Estado. No fundo, no fundo, no fundo, isto foi só um caso de infiltração que correu mal. Este também era puro e angélico. E ainda deve receber tudo a que tem direito como funcionário público...
Este post faz tanto sentido como defender que a PSP deveria ser desmantelada porque um seu agente matou a mulher com a sua arma de serviço.
ResponderEliminarO facto de um agente do SIS ter atividades criminosas, nas quais eventualmente até se terá servido de conhecimentos ou de meios adquiridos no SIS, não justifica que o SIS seja desmantelado.
Pode quando muito justificar que se tenha mais cuidado na contratação ou no supervisionamento dos agentes do SIS.
Eu defendo a extinção do SIS e do SIED por questões de princípio.
EliminarNeste post, limitei-me a citar um caso concreto que ilustra que género de gente anda por ali.
Quanto ao «quando muito», parece-me que o Luís Lavoura está a ser pouco exigente com o Estado.
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