- «(...) A semana passada, um grupo de líderes europeus, incluindo vários de pequenos países periféricos, assinou um documento sobre políticas de crescimento para a Europa. Nele, nada se lê que mereça grande entusiasmo. Até se aponta para o caminho da mesma desregulação económica que levou a Europa a este beco sem saída. Vale, no entanto, pelo gesto simbólico. Surge como um embrião de uma oposição à estratégia imperial de Angela Merkel. Nunca um governo que eu pudesse apoiar assinaria aquilo. Mas um governo de direita que não estivesse entretido a servir de capacho da Alemanha quereria estar naquele grupo "rebelde".
Segundo fontes próximas do governo conservador inglês, Passos Coelho não terá sido contactado por "falta de sintonia" com as reservas à estratégia austeritária alemã (versão depois diplomaticamente desmentida - parece que não encontraram o número de telefone do nosso primeiro-ministro).Na realidade, o chefe do governo português poderia assinar aquele documento. A sintonia ideológica com grande parte das propostas existe. A razão pela qual não foi contactado é outra: ninguém fala com o mordomo quando quer discutir com o patrão. E é assim que Passos Coelho é visto: um homem sem opinião própria, pronto a aplaudir tudo o que o poder do momento disser. Ou, na melhor das hipóteses, o cobarde que se faz de morto à espera que a confusão passe. E é esta postura que, no País, tem merecido mais elogios: fazer o que nos mandam, esperar que o vento mude e tentar não dar nas vistas.
Quando a correlação de forças mudar na Europa - e inevitavelmente acabará por mudar -, estou seguro que faremos o que temos feito sempre: estaremos, à última da hora e com a mesma ausência de sentido crítico de sempre, no novo comboio. (...)» (Daniel Oliveira)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Grupos rebeldes só existem quando o senhor doutor nã dá uns trocos para a manif...
ResponderEliminaragente quer negociar mas só quer à bruta...damos uma cabeçada e boçês passam-nos un cheque
é a tática do cartão do multibanco
dás-nos o guito e agente não te come a gaija...
é uma técnica com muito bom futuro
geralmente faz-se em miradouros e baldios onde o pessoal vai protestar